Esperança é Uma Coisa Delicada Part II

Muitas Memórias

Aphrodite olhou ao redor da sala, cutucando as unhas. Todos os deuses voltaram para a sala do trono, mas não havia um semideus à vista. Ela sabia que eles não tinham dado um limite de tempo para as crianças - porque elas realmente estavam indo muito bem no horário e porque mereciam uma pausa - mas isso não significava que ela estava feliz andando de um lado para o outro na sala do trono ansiosamente, esperando e rezando para que Tristan realmente ficaria bem depois de tudo isso. Depois de uma hora e meia, ela simplesmente não aguentava mais.

"Hestia," Aphrodite disse suavemente, oferecendo um olhar de desculpas ao interromper a conversa de Hestia e Rhea. "Sei que não demos um limite de tempo para o jantar das crianças, mas me sinto um pouco inclinada a ver como estão."

Hestia franziu a testa ligeiramente. "Tenho certeza que eles estão bem, Dite."

"Eu sei, eu sei, mas..." ela suspirou. "Quero dizer, você viu como Piper estava perturbada nos últimos capítulos. Tentei esperar e dar-lhes tempo suficiente para comer, mas eu só... eu realmente gostaria de vê-la. Antes de voltarmos à leitura, porque tenho a sensação de que não vamos querer parar até terminar o livro."

Hestia a estudou por um momento, então assentiu. "Tudo bem. Apenas... Se eles ainda não estiverem prontos para retomar a leitura, tente não os pressionar a voltar, ok?"

Aphrodite assentiu rapidamente e se levantou, correndo para fora da porta e em direção à clareira onde as crianças normalmente comiam, esperando que elas não tivessem escolhido ir para outro lugar. Enquanto ela caminhava pelo corredor, os semideuses de 2009 passaram, mal olhando para ela, todos os doze absortos em uma discussão. Aphrodite piscou para eles e parou por um segundo, observando-os passar. Todas as vozes se sobrepunham, a ponto de ela não conseguir entender uma palavra do que diziam.

Depois de um momento, ela balançou a cabeça e continuou andando na direção oposta. Eles não eram os que ela pretendia ver. Quando ela começou a andar, porém, quase colidiu com as mesmas pessoas que pretendia ver. Ou melhor, a própria pessoa.

Piper piscou para Aphrodite surpresa. Nico agarrou seu bíceps para impedi-la de cair quando ela colidiu com Aphrodite, mas ela não pareceu notar. "Hum, mãe? E aí?"

Aphrodite sorriu ligeiramente. "Eu queria ver você. Antes de começarmos a ler de novo."

Piper piscou para ela novamente. "Hum, está bem." Ela se virou para o resto de seus amigos, que se reuniram em um semicírculo atrás dela. "Vocês vão em frente."

"Tem certeza?" Will disse suavemente. Ao seu lado, Nico levantou uma sobrancelha para Aphrodite, esperando pela resposta de Piper.

"Sim, com certeza," Piper disse, ainda soando um pouco surpresa. "Eu vou alcançar vocês."

Nico estudou o rosto de Piper, procurando por qualquer sinal de que ela estava desconfortável. Então ele deu de ombros e colocou a mão no ombro de Will, levando-o para longe. "Tudo bem, veremos você de volta lá, então."

Piper não falou mais até que todos os seus amigos desapareceram no corredor. "Então, como vai?"

"Eu queria checar com você," Aphrodite repetiu, colocando as mãos nos bolsos. "Parece que este livro foi realmente difícil para você reviver."

Piper suspirou. "Quero dizer, sim. Com tudo acontecendo com a missão e com o pai... Acho que foi um momento muito difícil em geral. E..." sua voz sumiu, tingida de tristeza. "Não tive chance de falar com papai depois que tudo foi resolvido em nosso tempo."

Aphrodite ergueu o braço, permitindo que Piper decidisse se queria aceitar o abraço. Depois de um momento, ela o fez, encaixando-se sob o braço de Aphrodite. "Deve ser difícil de suportar, então, com o preço convencendo você de que ele está em perigo."