Esperança é Uma Coisa Delicada Part II

Amazonas hostis e um cavalo rápido de boca suja

Notas da autora: Para começar, Rick errou na mitologia de Otrera. Em, tipo, uma versão do mito, eu acho, ela é declarada como filha de Ares. Mas na maioria das outras, ela é declarada como sua consorte, e a geração de Amazonas depois dela foi gerada por Ares. Então, por razões óbvias, vou identificar Otrera como filha de Eurus, de acordo com o wiki Riordan e outras fontes online.

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Por mais que tentasse, Bellona descobriu que estava tendo muita, muita dificuldade em manter a calma. Já tinha sido difícil o suficiente quando sua memória foi suprimida pelas Parcas. Quando ela não sabia que estava conectada com essas crianças. Quando ela não percebeu que duas versões diferentes de sua filha mais nova estavam sentadas a poucos metros de distância. Como seus companheiros deuses estavam suportando tudo isso por tanto tempo? Certo, nenhuma delas parecia estar silenciosamente ou passivamente absorvendo essa informação, até onde ela tinha visto. Mas ainda assim. Essas eram crianças. Seus filhos. Eles já leram sobre uma guerra, e agora estavam lendo sobre outra. Talvez ela tivesse perdido a maior parte da luta, mas todos pareciam estar um pouco calmos demais sobre essas crianças e o que elas estavam passando para o gosto dela.

Você está bem? A voz suave de Psyche ecoou em sua mente enquanto Dionysus lia o título do capítulo. Você precisa fazer uma pausa?

Bellona sorriu levemente. Bem, quase todos, ela pensou com carinho.

Não, Bellona respondeu. Estou bem, por enquanto. Prometo.

Psyche franziu os lábios, mas assentiu, acomodando-se em seu assento entre Bellona e Hestia.

Bellona respirou fundo, tentando corajosamente ignorar o quão instável estava. Respire, ela disse a si mesma. Sua filha, duas versões diferentes dela — não surte com a logística desse fato, agora não é o momento — está aqui. Reyna está aqui. E, se algo tivesse acontecido com Hylla, Reyna provavelmente ficaria muito mais angustiada do que está. Não vai dar certo perder a calma na frente deles. Você pode se deixar desmoronar com os membros desta família que você realmente gosta mais tarde.

"Hazel pensou em fugir."

Bellona olhou para cima, olhando entre os semideuses mais velhos e a projeção. Uma coisa que ela diria sobre esses livros, eles faziam um ótimo trabalho em arrastar o ouvinte e distraí-lo de todo o resto que estava acontecendo.

"Ela não confiava na Rainha Hylla... A rainha parecia estar lendo seus pensamentos. 'Esqueça a fuga. Claro, nós respeitaríamos você por tentar. Mas teríamos que matá-la.' 'Obrigada pelo aviso.'"

Bellona sorriu para si mesma. Hylla e Reyna foram as primeiras filhas que ela teve em muito tempo, e ela fez questão de cuidar delas o melhor que pôde. Apesar dos buracos em sua memória, ela se lembrava de Hylla sendo uma criança particularmente rude, mas feliz. Bellona se lembrava de brincar de esconde-esconde com Hylla, de cinco ou seis anos na época, na casa da família de Julian. E, depois que Reyna chegou, ela se lembrava de encontrar — inventar — razões para visitar e ficar muito mais tempo do que o permitido... e pagar qualquer preço que Júpiter considerasse razoável quando ela retornasse ao Olympus.

Bellona franziu a testa então e resistiu à vontade de olhar por cima do ombro. Agora que ela estava cutucando e cutucando sua memória, ela descobriu que se lembrava de muito mais do que esperava.

Chega disso, ela pensou. Não se trata dele agora. Trata-se de suas filhas. Com grande esforço, Bellona forçou sua atenção de volta para a projeção diante dela e se agarrou à voz de Dionysus enquanto ele lia.

"Hylla deu de ombros... 'Amazonas sempre tiveram um relacionamento difícil com outros semideuses... Muito antes disso, no início da nação Amazônica, um herói chamado Bellerophon matou nossa primeira rainha, Otrera.' 'Você quer dizer a senhora—' '—que acabou de sair, sim.'" Dionysus parou de ler abruptamente e, quando Bellona se virou para olhá-lo, suas sobrancelhas tinham desaparecido sob a cortina de cachos caindo sobre sua testa.