Outro pouso forçado

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"Jason parece estar agindo um pouco estranho para você?" Clarisse sussurrou, inclinando-se ligeiramente para Reyna.

Algo na expressão de Reyna mudou, parecendo triste enquanto ela olhava para Jason. "Algo está errado há algum tempo. Mas ele não fala comigo. Que eu saiba, ele não conversou com ninguém. Ele continua mudando de assunto."

Clarisse sorriu tristemente, olhando para a esquerda, onde Annabeth ainda acariciava a cabeça de um Percy adormecido. "Lembra-me de alguém que conheço." Reyna não respondeu e, quando Clarisse olhou para trás, seu olhar ainda estava fixo em Jason, olhando fixamente como se estivesse tentando ler sua mente. "Ei," Clarisse disse gentilmente, "eles vão ficar bem. Ele vai ficar bem."

"E se não ficarem?" Rey na sussurrou. "Se ele não ficar? Ser aberto e vulnerável nunca foi muito encorajado no Acampamento Júpiter, mas especialmente porque Lupa foi quem essencialmente o criou..."

Clarisse deu a ela um sorriso triste. "Sim, também não somos exatamente os melhores nisso. Ser aberto e vulnerável pode ser uma ótima maneira de se matar." Ela fez uma pausa, reconhecendo o mantra que havia sido cravado em sua cabeça desde tão jovem. Sua mãe a apresentou a ela, e seu pai nunca a deixou esquecer. Mas, pela primeira vez, ela permitiu que outra coisa se opusesse a isso. A imagem de alguém, que foi corajosa e forte nas piores situações porque ela estava aberta e vulnerável, afugentou as palavras que ela guardou por muito tempo, mesmo sem perceber.

Clarisse respirou fundo e encontrou os olhos do pai. "Mas também pode ser uma força incrível." Ela ignorou a forma como a expressão de Ares se obscureceu com a confusão e se virou para Reyna, que finalmente desviou o olhar de Jason. "Eu acho que é algo que todos nós precisamos ser lembrados às vezes."

Reyna sorriu lentamente e assentiu. "Você tem razão. A pessoa que te ensinou isso deve ter sido muito sábia."

Clarisse sorriu, permitindo-se encontrar alegria na memória ao invés de tristeza pela primeira vez. "Ela realmente era." Ela fez uma pausa e riu baixinho, batendo gentilmente no ombro de Reyna com o seu. "Tudo vai dar certo. Não será fácil, mas acho que todos nós sabíamos disso."

Rey na suspirou. "Você tem razão. E é necessário. Prefiro fazer o trabalho agora do que acabar preso mais tarde."

Clarisse sorriu. "Esse é o espírito. E tenho certeza que Jason vai perceber isso também, em seu próprio tempo."

O olhar de Reyna vagou para Jason novamente, sua expressão ficando triste. "Espero que sim. Pelo bem dele." Com um ar de determinação, ela voltou sua atenção para Hermes, que segurava o livro no colo apreensivo enquanto começava a ler.

"Piper não relaxou... Mas agora... e se ele fosse outra coisa? E se ele realmente fosse um inimigo?"

Reyna suspirou infeliz e cruzou os braços. "Nós nunca fomos feitos para ser", ela murmurou. "Não acredito quanto tempo levamos para perceber isso." Ao dizer isso, ela lançou um olhar para Octavian, cujos olhos estavam grudados na projeção.

"Ei, por mais que eu não goste dele, esta versão ainda não fez nada," Clarisse disse a contragosto. "E, além disso, havia muita coisa acontecendo. Pelo menos tivemos, tipo, seis meses ou mais perto de Jason e ouvindo sobre vocês por ele. Com base em tudo o que aconteceu, tenho certeza de que vocês não tiveram muito tempo com Percy."

"Eu sei, eu sei." Rey na balançou a cabeça. "Às vezes, eu gostaria de saber o que se passava na cabeça dele. Eu realmente gostaria de ter visto o que estava acontecendo e ter a capacidade de acabar com isso, antes que saísse do controle.

Clarisse deu de ombros. "Ei, retrospectiva é 20-20. Você não pode realmente se culpar por tudo isso."

"Eu sei, mas ainda é irritante."

Esperança é Uma Coisa Delicada Part IIOnde histórias criam vida. Descubra agora