Capítulo 4

692 86 5
                                    


Taehyung chegou em casa feliz por ter conseguido vender o carro, ele jamais imaginaria que dois amigos bêbados iriam comprar o carro. Jimin viu a felicidade estampada no rosto do amigo e tentou entender.

— Beijou a cinderela gatão?

— Muito melhor que isso?

— E o que seria melhor que beijar a cinderela?

— Conseguir grana. — Mostrou as notas de dinheiro nas mãos.

— Onde você conseguiu esse dinheiro? — Falava enquanto ninava o filho.

— Vendi o carro.

— O que? — Arregalou os olhos. — Como assim? Você disse que ia ver se o cara podia colocar lá para vender.

— Pois é, mas tinha dois malucos bêbados em um bar perto e compraram o carro. — Colocou o dinheiro na mesa. — Como ele está? — Se aproximou deixando um beijo na cabeça do pequeno.

— A tosse não passou, e estou sentindo que ele está cansado, sempre para de comer e respira bem rápido antes de voltar a comer.

— Vai levar ele amanhã ao médico?

— Olha Tae... — Foi até o quarto e colocou o filho no berço. — E se esses caras bêbados se arrependerem e pedir o dinheiro de volta?

— Você acha que eles vão se lembrar de alguma coisa?

— Acho arriscado mexer nesse dinheiro agora, mas obrigado por ter conseguido vender.

— Só fica foda agora para você se locomover nessa cidade.

— Para isso que existe ônibus, sempre andei de ônibus, já estou acostumado.

— Ok então, eu vou para casa, preciso acordar cedo amanhã. — Deu um beijo na testa do amigo. — Se cuida e qualquer coisa me liga, dá um beijo no Ji por mim.

— Se cuida no caminho de volta. — Falou e viu o amigo saindo.

Jimin  foi até a mesa onde estava o dinheiro e separou eles para cada coisa que iria precisar pagar, as contas de água e luz, aluguel e o hospital, o que sobraria ele iria comprar algumas frutas para o filho.

Os dias se passaram e Jimin percebeu que os homens não se arrependeram, então ele pegou o dinheiro e foi pagando as contas e levou o filho ao pediatra.

— Como está meu sobrinho? — Taehyung falou assim que o amigo atendeu o telefone.

— Estou bem, obrigado. Nossa Tae como é gentil da sua parte querer saber se estou bem. — Falou em tom ironico.

— Você é adulto, ele é um bebê.

— Grande amigo você.

— Ele está bem? O que o médico disse?

— Sim, ele está bem. Vai precisar fazer uns testes alérgicos para saber o motivo do cansaço dele.

— É horrível esses testes.

— Eu sei, mas é preciso.

— Tem alguma coisa dele faltando? Eu estou no mercado, se quiser eu compro.

— Vou começar a cobrar pensão de você em! Eu virei a mãe dele e você o pai separado?

— Se você fosse mais bonito, eu casaria com você.

— E se você nascesse de novo, eu pensaria se casava com você.

— Precisa ou não? Diga logo que estou passando pela sessão infantil.

KaraokêOnde histórias criam vida. Descubra agora