Capítulo 56

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Após Jungkook se recuperar, Jimin sentou no banco do carona e eles seguiram para casa, ao chegar o moreno deixou o carro ainda ligado e saiu do mesmo indo em direção a porta de entrada, Jimin desligou o carro e correu para acompanhar o noivo.

 — Vida, você tá legal? — Jimin puxou levemente o braço do moreno.

— Jimin, sai... — Tirou a mão do loiro de si.

— O que foi amor? — Tentou segurar novamente ele antes dele subir as escadas.

— Porra Jimin, só sai... Me deixa em paz! — Empurrou o rapaz.

— Jungkook?! Você tá maluco? Que porra é essa agora? Você nunca foi de me empurrar assim!

— Por favor, não me toca! Ok? — Falou deixando as lágrimas caírem. — Eu não quero ser tocado, ser tocado me causa arrepios ruins...

— Amor... Eu não vou te tocar desse jeito, eu juro para você, só me deixa cuidar de você?

— Me deixa sozinho... Vai dormir no Tae ou sei lá... Me...

— Não. — Colocou o indicador na boca do moreno. — Não contina, você não está bem e eu não vou deixar você sozinho.

— Porque você insiste nisso? Eu tô falando que não quero você aqui, não quero que me toque!

— Ok, não vou tocar em você. — Levantou as mãos. — Mas também não vou embora, essa também é minha casa e você é meu marido e precisa de ajuda.

— Tá... A casa é sua, você está certo... — Subiu as escadas em silêncio e foi para o quarto do casal.

Jimin viu o noivo subir as escadas de cabeça baixa e aquilho lhe cortava o coração, mas iria respeitar o espaço do rapaz,  afinal a coisa que mais tinha naquele relacionamento era o respeito entre os dois. O loiro sentou no sofá e pensou no que fazer, queria ligar para alguém e pedir ajuda, e foi isso que ele fez e ligou para o psicólogo.

— Oi Jimin, aconteceu alguma coisa?

— Sim, o Jungkook veio o caminho inteiro me evitando e em silêncio, ao chegar em casa eu fui abraçar ele, ele me empurrou, essa foi a primeira vez que ele agiu assim comigo, e também me pediu para deixar ele sozinho, e que não era para tocar nele, eu não sei o que fazer Sohu, quero ir até ele e o abraçar e falar que vai ficar tudo bem, mas não sei que gatilhos vão ser ativados se eu fizer isso... — Disparou sem deixar o psicólogo falar nada.

— O gatilho de que você invadiu o espaço dele... Olha Jimin, ele deve ter tido algum gatilho ativado e se escondeu atrás da sua situação com seu filho.

— Como você fala tão certo disso?

— Conheço ele, sempre que um gatilho é ativado ele vem com histórias já resolvidas ou sobre assuntos  que não deveria ser discutido.

— Ok... E o que eu faço?

— Só mostre apoio e que você está ai com ele, até se for por ligação se ele achar melhor, e diga a ele que se não quiser falar com você, que me ligue.

— Tá bem, obrigado e desculpa incomodar... — Encerrou a ligação.

Jimin bloqueou o celular e colocou no sofá e retirou a jaqueta que vestia enquanto subia as escadas, temia que o quarto estivesse trancado e ele não poderia trocar de roupa, mas por sorte estava destrancado.

— Oi... Posso entrar só para pegar um pijama? Essa calça tá apertada... — Pediu colocando apenas a cabeça para dentro do quarto.

— O quarto também é seu amor, não precisa pedir...

KaraokêOnde histórias criam vida. Descubra agora