quasar

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É segunda-feira de manhã. Jimin encara o teto do seu quarto todo enrolado no edredom quentinho. Ele está pensativo.

Parece que todo mundo já voltou a normal depois das duas resenhas seguidas, mas dessa vez Jimin segue pensativo e leve.

A noite acordado permitiu que ele se entendesse melhor como pesssoa e se aceitasse como realmente é. Mesmo que essa experiência tenha sido acompanhada de álcool, maconha e um energético, Jimin realmente se sente mudado.

Na verdade, mudado é uma palavra muito forte. Jimin se sente mudando, é como se ele estivesse no início de uma metamorfose.

Ele acredita que a liberdade sentia enquanto estava sob efeito das bombas (álcool, maconha e energético) permitiu que Jimin pensasse o que ele nunca tinha pensado antes tipo como sobreviveu a tanta coisa.

A liberdade de pensamento tornou-o sensível ao mundo ao seu redor, a sua própria realidade, de forma que a percebe-se de forma menos pessimista e muito mais realista. A independência financeira é algo bom, é um sonho, mas é bem difícil de ser alcançado. Um estágio não seria suficiente para permitir que Jimin saísse de vez de casa, mas com certeza facilitaria muito coisa.

Por outro lado, morar longe de pessoas tão queridas pode ser nocivo para ele e apesar de também ser nocivo não se esforçar mais para sair de casa, ele continuar morando com os pais só é verdadeiramente ruim para a sua saúde mental quando os dois estão em casa e estão estressados por algum motivo, pois é justamente nesses momentos que acaba sobrando pro Jimin. Então, ele "só" precisa evitar ficar em casa nesses momentos.

Espiritualidade é importante, Jimin sempre acreditou nisso, mas a forma que ela foi apresentada influenciou bastante na decisão dele de se manter longe de qualquer coisa religiosa até se sentir pronto pra realmente levar a sério. No momento, a única coisa que Jimin vai fazer é nada.

— Ótimo!— Jimin murmura sozinho e bate palmas.— Nada é uma opção incrível.

Ele suspira e sorri ainda encarando o teto, sentindo-se bem na própria pele, feliz por se descobrir tanto ao longo dos anos.

Os momentos no quarto foram importantes para Jimin se auto conhecer cada vez mais e formular suas próprias opiniões em relação ao mundo lá de fora.

O foco dele estava tão no externo que por meses Jimin esqueceu o quão bom é tirar esses minutos do dia para relaxar e se amar, se conhecer, se admirar.

O Park abraça o próprio corpo ao passo que espreguiça as pernas, bocejando graças a paz. É muito bom sentir paz.

A ideia era continuar se amando, mas a ligação do Taehyung despertou Jimin e ele resolveu atender.

— JOGO DO FLU DA LIBERTADORES! VAMO, VAMO, VAMO! — Taehyung berrou tão alto no telefone que o crânio do Jimin quase trincou.

— Caralho, Tae!— Jimin reclama massageando a orelha enquanto bota a chamada no viva voz. — Fala de novo, mas mais devagar e mais baixo.

— Consegui ingresso pro jogo do Flu da Libertadores. Vamo?— Taehyung obedeceu apesar da urgência em sua voz.

— Vamo, mas como tu conseguiu esse ingresso?

— Um amigo meu me deu, ele disse que não vai poder ir.

Mentira. Taehyung comprou dois ingressos na esperança de ter Jimin perto dele e como ele não sabia como o Park estava reagindo pós resenha, pedido de casamento e afins, o Kim achou que seria uma hora contar que tinha dois ingressos pro jogo. Ele deveria ter falado dias antes, mas faltou coragem.

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