[CONCLUÍDA]
Yoongi nunca poderia ter previsto a chegada de Taehyung em sua vida. Suave e letal, como uma serpente sorrateira. Min não imaginava que ao assistir um rapaz tocando violino na varanda de um hotel, estaria selando seu destino junto ao del...
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Mas não, não vá agora, quero honras e promessas Lembranças e histórias Somos pássaro novo longe do ninho
(Eu sei - Legião Urbana)
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Para quem havia dito que deveria ir embora, Taehyung demonstrou com muita ênfase que queria ficar assim que passaram pela porta do quarto de Yoongi. As roupas foram removidas com facilidade, os dedos longínquos do rapaz se infiltraram no cabelo longo do músico e as línguas iniciaram uma batalha intensa sobre quem dominaria um território invisível. Taehyung tocava cada parte do corpo de Yoongi com delicadeza, e ternura. O músico tentava ao máximo não se abalar por isso, mas já havia se transformando em geleia nos braços daquele homem. O universitário tinha um brilho diferente nos olhos enquanto caminhavam na direção da cama, algo que Yoongi não gostou de ver. Era um sentimento de culpa, um olhar quase penoso.
Aquilo não era nem um pouco excitante.
Mas Taehyung continuou o beijando como se o mundo fosse acabar, dedilhando cada traço de Yoongi com a maestria de um pianista profissional, e ele resolveu ignorar mais um dos sinais de perigo que aquele homem emanava. E ninguém poderia culpá-lo, pois como pensar qualquer coisa enquanto Taehyung passeava os lábios pelo seu pescoço? Como ser racional ao sentir aquela língua quente, macia, os dentes mordiscando áreas sensíveis? Yoongi estava esquecendo até seu nome, já nem lembrava mais onde estava.
E quando Taehyung envolveu todo seu desejo com os lábios, explorando toda a extensão com luxúria, com fome; Yoongi passou a enxergar o quarto em um filtro vermelho. A temperatura subiu, os corpos estavam suados, as respirações desreguladas, e corações acelerados. O músico se sentiu o maior dos pecadores, mas sorriu deleitoso. As mãos, os dedos, a língua de Taehyung fazia o pecado valer a pena, fazia Yoongi pedir por mais entre gemidos manhosos que pareciam deixar o sádico sob si ainda mais satisfeito.
No entanto, havia algo de diferente ali, Yoongi conseguia sentir isso com cada fibra do seu corpo. Taehyung parecia querer dizer algo com aqueles olhos brilhantes, parecia querer gritar todas as verdades não ditas, mas não o fez. Apenas beijou Yoongi como se isso fosse a resposta para todas as suas perguntas, como se isso fosse a solução para todos os problemas. O músico até quis contestar, mas os dedos de Taehyung em seu corpo lhe impediram de pensar corretamente.
Yoongi estava uma bagunça, ofegante e suado sob o colchão. A boca corada entreaberta, o cabelo espalhado pelo travesseiro, os olhos inebriados. Taehyung o observava como se ele fosse uma das obras de arte do Louvre, com fascinação e admiração. O músico sentia seu coração bater de modo desenfreado, e sabia que não era apenas pelo contexto a qual estava inserido. Sabia que a pressão que sentiu no peito ao ter o corpo unido ao de Taehyung só poderia significar uma coisa, e não era boa.
Yoongi tinha lágrimas nos olhos ao se dar conta de que a semana estava chegando ao fim e ele ignorou completamente os avisos de Elijah, assim como as condições de Taehyung. Eles não precisavam fazer juras de amor e promessas estúpidas, mas mantinham os dedos entrelaçados e olhos emotivos em um ato que era para ser casual, sem compromisso. O que eram, afinal? O que seriam depois do fim? O plano era apenas aproveitar o momento, mas eles estavam aproveitando demais. Ao ponto de sentir cada dia com cada átomo de seus corpos, ao ponto de Taehyung querer ir embora e Yoongi transbordar os olhos ao pensar nessa possibilidade.