[CONCLUÍDA]
Yoongi nunca poderia ter previsto a chegada de Taehyung em sua vida. Suave e letal, como uma serpente sorrateira. Min não imaginava que ao assistir um rapaz tocando violino na varanda de um hotel, estaria selando seu destino junto ao del...
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Em uma noite interminável Foi você quem me deu a manhã Posso segurar sua mão agora? Oh, eu posso consertar as coisas
(Make it right - BTS)
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Quando Taehyung dizia que estava apaixonado, que nada nunca iria mudar aquele sentimento bonito em seu peito, Yoongi sentia-se flutuando no céu. Caminhando entre nuvens, pescando estrelas com as pontas dos dedos, e fazendo daquele sorriso retangular o seu sol. Poderia ele repetir que nada iria mudar entre eles? Poderia Taehyung tocá-lo como antes? Yoongi queria acertar as coisas, queria fazer do jeito certo dessa vez. Seria capaz de abraçar todos os defeitos de Taehyung, perdoá-lo pelas falhas e dar-lhe uma segunda chance para colar todos os cacos do coração que partiu.
Yoongi seria capaz disso porque sabia que Taehyung era apenas um humano, assim como ele. E tudo que ele, sendo um ser humano de carne e osso, queria naquele momento era beijar Taehyung como se o mundo fosse acabar, tocar o corpo dele como se fosse um livro em braile, deixar ser tocado por igual. No entanto, mesmo querendo pular as fases como em um jogo, Yoongi sentou no sofá da sua sala e discorreu sobre sua vontade de ser transparente para Taehyung. Disse que precisavam conversar, que não poderia caminhar com os olhos vendados novamente.
— Eu tenho medo, Tae... — ele sussurrou, demonstrando sua fragilidade. Taehyung permanecia em silêncio, encarando-o com uma expressão indecifrável. — Então me diga, o que quer de mim?
Taehyung suspirou, demorando-se na resposta. Então, subitamente, se levantou da poltrona e Yoongi quase ofegou ao vê-lo se ajoelhar aos seus pés com aquele olhar que era lar da constelação de Virgo. Os lábios que chamava de lar, tão doces e chamativos sussurraram com suavidade:
— O seu amor, é apenas isso que eu quero.
Havia tanta emoção naquela frase, tanta sinceridade, que Yoongi sentiu a visão embaçar por lágrimas insistentes e o peito transbordar de um sentimento tão lindo quanto um girassol ao acompanhar a rotação do astro. Tocou o rosto de Taehyung, temendo mais uma vez que tudo aquilo fosse um sonho e ele evaporasse no ar feito poeira. Entretanto, o rapaz continuou ajoelhado aos seus pés, com olhos brilhantes e as mãos nos seus joelhos como se pedisse por clemência.
— Você já tem. — confessou, não suportando mais guardar todo aquele sentimento apenas para si. Os olhos de Taehyung se iluminaram ainda mais, como um farol, Yoongi sentiu-se um navio perdido encontrando o caminho de casa por eles.
— Que bom, porque eu acho que te amo. — ele sorriu, tão meigo, tão brilhante, que Yoongi sentiu-se ser cegado pela sua luz.
E então, Yoongi o beijou fervorosamente. Entre línguas entrelaçadas, carícias em seu cabelo e mãos subindo perigosamente pelo seu corpo, Yoongi o escolheu. Como seu, como único no mundo, como aquele que tem o poder de carregar seu coração. Escolheu o homem que viu tocando violino na sacada de um hotel, e também o que lhe beijou no Central Park. Escolheu aquele que se arrependeu de feri-lo, que abriu seu apartamento e seu coração para si. Ele escolheu amá-lo, perdoá-lo e aceitou-o com todas as suas manias e defeitos. Yoongi escolheu o homem que dançou consigo ali naquela sala, com pés descalços risos altos de quem ingeriu muito vinho. Escolheu mapear cada estrela da constelação do seu olhar, escolheu ser dele novamente.
