Capítulo 11 - Magia é Poder

91 12 0
                                    


CAPÍTULO 11 : MAGIA É PODER


O Ministério havia mudado.

Draco tinha visitado pela última vez durante o verão antes do quarto ano. Seu pai tinha parado, Draco a reboque, para visitar alguns contatos escolhidos no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. 'Meu filho, Draco', ele disse a inúmeras pessoas, e Draco sorriu e apertou as mãos enquanto seu pai lhes dizia que ele voava para a Sonserina e, eventualmente 'que coincidência!', Cornelius Fudge aconteceu de dar uma olhada em Ludo Bagman no mesmo momento que eles estavam visitando com ele.

Eles partiram naquele dia com ingressos para a Área VIP enfiados nas vestes de seu pai. Draco se lembrava de ter andado pelo grande átrio cheio de luz no ombro de seu pai, sentindo que todas as portas estavam abertas para ele. Ele jogou um galeão por cima do ombro na Fonte dos Irmãos Mágicos enquanto partia.

Agora a fonte havia sumido, e o Átrio ostentava uma enorme estátua de pedra negra: uma bruxa e um bruxo empoleirados em tronos gêmeos.

Somente quando Yaxley os conduziu além de sua base, Draco notou que os tronos eram feitos de uma multidão de corpos humanos, pressionados e torcidos um no outro, parecendo, embora estivessem parados, se contorcer como animais. Eles estavam nus, e de forma humilhante, seus pés, cotovelos e mãos como garras se enfiando no estômago, seios e nádegas um do outro. Eles eram trouxas.

Ele teve o súbito desejo de se virar para Granger, para distraí-la antes que ela pudesse ver, mas ela já havia enrijecido ao lado dele. Quando ele voltou a olhar para ela, os olhos escuros da Sra. Parkinson estavam fixos nas costas de Yaxley, seus lábios entreabertos como se ela estivesse medindo sua respiração. Ela tinha visto.

- Por aqui - disse Yaxley, acenando para eles em direção ao elevador. Enquanto eles passavam para a frente da fila, ele acrescentou. - Borrofield, traga Crabbe do Nível Dois. Estaremos na área de detenção. A Sala Quatro deve estar livre.

Borrofield assentiu e se afastou.

Draco soltou uma risada, permitindo-se soar inquieto.

- Espere, agora, Corban... a área de detenção? Você não tem um escritório onde possamos conversar?

Yaxley deu um aceno de desdém quando as grades douradas do elevador se abriram.

- É tudo procedimento, Charles, não precisa se preocupar - mas havia um toque de prazer em sua voz.

Pouco antes de as portas do elevador se fecharem, Draco deu uma última olhada no grande relógio de ouro pendurado no Átrio. Ele e Granger conseguiram tomar seu terceiro gole da Poção Polissuco durante a caminhada por Londres até o Ministério, que levou muito mais tempo do que ele esperava. Agora, novamente, eles estavam se aproximando da hora: dez minutos antes de precisarem reabastecer seus disfarces. Draco se perguntou se poderia abrir sua garrafa na manga larga de suas vestes.

Ele viu Granger remexendo em seu próprio bolso e soube que ela estava alterando a moeda que a AD havia desenvolvido, deslizando a ponta do dedo no sentido horário ao redor de sua circunferência para fazer os números subirem. Eles desenvolveram um conjunto simples de códigos numéricos para indicar seu status: seguro, em trânsito, em perigo, em emergência e em cativeiro. Agora que não estavam mais em trânsito, ele se perguntou o que ela escolheria para descrever a situação atual.

Mas Draco não sabia o que aconteceria, realmente, dizer a Potter e Weasley que eles estavam em perigo. Se os dois garotos da Grifinória não agissem como completos idiotas, eles poderiam sair da barraca dos Catadores sem que a varinha de Potter fosse vista: eles simplesmente teriam que entregar seus papéis, mostrando que eles estavam abaixo da idade de Hogwarts e, portanto, abaixo da idade para possuir uma varinha. Mas eles certamente não poderiam invadir o Ministério, disfarçados de crianças, e exigir que seus pais fossem entregues. Yaxley os estava tratando com bastante cordialidade agora, mas Draco sabia que eles não haviam escapado de suspeitas: Drummond o liberou de sua varinha antes de eles deixarem o Beco Diagonal. As mãos de Draco pareciam muito vazias e, embora ele nunca tivesse passado muito tempo com Yaxley, ele ainda se preocupava que de alguma forma Yaxley reconhecesse sua varinha: pilriteiro, 25 centímetros, núcleo de pêlo de unicórnio.

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora