Capítulo 25 - A Varinha Das Varinhas

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CAPÍTULO 25 – A VARINHA DAS VARINHAS


Draco não havia aparatado no jardim da frente do quartel-general. Ele apareceu, em vez disso, no quarto de Hermione.

Antes mesmo que ele percebesse a visão, Hermione estava voando para ele em um abraço que quase o derrubou.

- Você está vivo - ela engasgou, segurando-o com tanta força que ele podia sentir as batidas de seu coração. - Você está machucado? - ela se afastou e começou a examiná-lo, o rosto sem cor.

- Estou bem - Draco ofegou. - Eu estou... sim. Estou aqui.

Sua expressão de pânico não diminuiu. Em vez disso, pequenos sons agudos saíram de sua garganta e seus olhos se encheram de lágrimas.

- Pensei que você estivesse morto - disse ela, com a voz alta e trêmula. - Eu realmente pensei...

- Eu fiz pensei - os olhos de Draco arderam, mas ele os manteve abertos, sem vontade de piscar, precisando beber da visão dela. Sua boca trêmula. O brilho de seus olhos lacrimejantes.

Eles voltaram juntos, balançando um no aperto do outro. Uma sensação estranha e vazia estava se expandindo dentro de Draco, como se um poço sem fundo tivesse se aberto no centro de seu peito. Ele não entendeu. Ele tentou se lembrar de que ambos estavam vivos e seguros. Ele tentou sentir calor, cheirar ou provar qualquer coisa, mas todos os seus sentidos pareciam silenciados.

- Os outros? - ele conseguiu perguntar.

- Eles estão bem - Hermione sussurrou. - E seu grupo?

Draco não conseguiu responder. Olhando para a parede, ele viu o sangue escuro encharcando as roupas da prisão de Andromeda. Ela morreu com um uniforme de Azkaban.

- Draco? - Hermione se desembaraçou novamente. Até seus lábios estavam incolores agora.

- Eu tenho que falar com Tonks - Draco disse rouco.

Eles encontraram o resto da Ordem lá embaixo. Mesmo ampliada magicamente, a sala da frente estava tão lotada que mal havia espaço para ficar de pé. Draco examinou a cena com uma sensação de grande distanciamento. Os outros estavam todos presentes, embora vários estivessem sangrando ou amaldiçoados. Luna estava deitada no sofá inconsciente. Sua queimadura, aparentemente mais do que um simples feitiço, piorou desde que foi infligida pela primeira vez. Kingsley estava cuidando dela.

Perto dos degraus onde Draco estava, a Professora McGonagall estava dizendo a Potter e Weasley:

- Nós espalhamos a localização dos esconderijos pelo pátio. Todos os prisioneiros deveriam ter desaparatado para um dos quatro, e Kingsley terminará de conectar nossas lareiras nos próximos dias...

Só então, Percy Weasley soltou um grito, seus óculos de aro de tartaruga escorregando torto em seu nariz fino. Ele apontou para a porta do corredor, onde Lucius e Narcisa Malfoy apareceram.

A visão de seus pais só serviu para fazer tudo parecer menos real. Draco nunca os tinha visto parecerem tão assustados. As bochechas de seu pai estavam manchadas de vermelho como se fossem de xerez, e um exemplar do Profeta Vespertino da noite anterior estava na mão trêmula de sua mãe.

- Onde ele está? - exigiu Narcisa. - Onde está meu filho?

- Estou aqui - Draco disse com voz rouca. - Estou sob Polissuco, mãe. Estou bem.

Tonks e Lupin, que não o notaram nos degraus, viraram-se em sua direção.

- Draco - disse Lupin bruscamente. - O que aconteceu? Os outros foram capturados?

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora