Capítulo 32 - O Amor Dos Mortos

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Aviso: Várias passagens e/ou frases neste capítulo foram extraídas diretamente de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Se parecer familiar, pode ser porque não fui a autora que escreveu. Conforme o remix de DH chega ao fim, nós convergimos!


CAPÍTULO 32 – O AMOR DOS MORTOS


Enquanto Draco corria por Hogwarts ao lado de Hermione, tudo no castelo parecia desequilibrado. Todos os retratos tinham se esvaziado de seus habitantes. Recantos confortáveis ​​antes dedicados ao estudo tinham cedido, e o local sangrava em espaço arruinado. Quando Draco lançou um olhar para uma sala de aula cujas carteiras estavam de costas, queimando, ele podia ver claramente através de uma parede desabada os ladrilhos lascados do Banheiro dos Monitores.

Estava tudo errado, e ainda assim nada dos destroços parecia tão errado quanto o que Draco sabia ser verdade: eles estavam atrasados ​​demais. Harry teve tempo mais do que suficiente para descer até a Floresta Proibida. Ele já devia estar morto.

Mas como ele poderia estar? Draco sentiu aquela sensação de desequilíbrio novamente, como se água estivesse empurrando seu ouvido interno. Como Harry Potter, tão fundamental para a concepção de Draco sobre Hogwarts quanto as pedras do castelo, poderia ter morrido?

Hermione chorava abertamente enquanto corriam; Rony estava pálido; Lupin e Tonks os incitavam a ir mais rápido, mais rápido. Draco parou apenas para arrancar uma varinha da mão de um comensal da morte caído e esconder a Varinha das Varinhas bem fundo em suas vestes. Enquanto corriam pelo corredor do primeiro andar, passaram por dezenas de aliados feridos deitados no chão ou encostados na parede, Madame Pomfrey cuidando deles.

- Harry... - eles pararam para perguntar. - você viu Harry Potter?

Ninguém tinha, mas Draco não esperava que ele saísse da Capa novamente. Eles correram para frente. Baixos gemidos de dor enchiam o salão, mas os piores sons vinham da frente.

Eles desceram os degraus do Hall de Entrada e congelaram no limiar do Grande Salão. Hermione ficou em silêncio, chocada com as lágrimas.

As quatro mesas das casas estavam encostadas na parede, e dispostas sobre a planície de lajes havia fileiras e mais fileiras de caídos. A alguns metros de distância, Padma Patil e Michael Corner ajoelharam-se ao lado do pequeno corpo de Colin Creevey, os vivos tão inexpressivos quanto os mortos. Dobby e Winky lamentavam baixinho com os outros elfos domésticos no final do corredor, onde vários elfos estavam deitados sobre lençóis e toalhas. Em um canto, Fred e George estavam quase invisíveis no aglomerado de sua família enlutada. Molly Weasley havia se prostrado entre eles, sua boca escancarada, mas nenhum som emergindo, lágrimas escorrendo por suas bochechas.

Minha mãe, Draco pensou entorpecido. Ele examinou as fileiras de corpos em busca de uma cabeça loira, temendo encontrá-la. Em vez disso, ele viu outros rostos familiares. Seu olhar se fixou em Sturgis Podmore, depois em Lavender Brown. Parvati Patil estava atormentada por soluços tão violentos sobre o corpo de sua melhor amiga que parecia doente... Mas talvez os piores fossem aqueles cujos corpos jaziam sozinhos e não reconhecidos, sem ninguém para lamentá-los.

Hermione apertou seu ombro sem dizer nada. Draco se virou e viu sua mãe parada no Hall de Entrada, a menos de três metros de distância. Narcisa parecia fantasmagórica, quase translúcida.

A primeira coisa que Draco sentiu foi alívio, mas ele não se moveu. Ele não sabia se se aproximava ou se preparava para o que poderia sair da boca dela. O grito terrível dela nos degraus de Gringotes parecia crescer em seus ouvidos. Ela olharia para ele e veria seu pai? Ela o culparia pelo fato de Lucius estar entre os mortos desse dia e noite sem fim?

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora