CAPÍTULO 15 : LAGO LILLIMONT
A Mansão Malfoy era uma propriedade do século 17 com um único ponto de entrada: o enorme portão frontal de ferro forjado. Os terrenos foram selados por proteções anti-intrusos, que se estendiam no subsolo e criavam um circuito fechado acima. Agora que a propriedade havia passado para os Lestranges pela lei mágica, Hermione sabia que eles não seriam capazes de passar furtivamente pelas proteções, nem mesmo Draco.
O portão da frente era a única opção, e nos dias que se seguiram à visita a Rita Skeeter, eles passaram todas as horas acordados tentando pensar em uma maneira de atravessá-lo.
O Profeta Diário havia publicado um artigo longo, espalhafatoso e muito útil sobre a Gala de Natal, eles estavam roubando cópias do jornal de uma casa mal disfarçada de bruxos do outro lado de Godric's Hollow. De acordo com o artigo, o Ministério estava contratando quase duas dúzias de empresas para a gala, todas de sangue-puro, é claro. Entre eles estava um serviço de segurança privada chamado Greengrass Guard. Draco havia descrito Elinor Greengrass para eles: rígida, implacável e rigorosa. Não haveria esperança de frouxidão ou sorte nos portões da frente.
- Mas, - Draco disse uma tarde, quando eles se sentaram no chão da biblioteca, debruçados sobre o diagrama que ele recriou da Mansão. - os portões têm 4,5 metros de largura, e nós temos a Capa da Invisibilidade.
- Sim, - disse Harry. - mas Snape já deve ter contado aos comensais da morte sobre a Capa.
Hermione suspirou.
- Se for esse o caso, tenho certeza de que colocarão um Feitiço de Semipermeabilidade na entrada, de modo que, se você não tiver permissão expressa para entrar, ficará imobilizado se tentar.
Um breve silêncio. Os olhos de Hermione permaneceram em Draco. Sua mão ainda estava pousada no diagrama, conflito em seus olhos. Ela tentou imaginar como teria se sentido se sua casa de infância tivesse sido transformada em um refúgio para os comensais da morte.
Não, porém, isso não estava certo. A mansão sempre foi usada para os propósitos dos comensais da morte. Foi ele quem mudou.
Hermione queria perguntar a ele sobre isso, mas na frente de Harry, ela sabia que Draco desviaria. Ela podia imaginar o sotaque fácil: Sim, eu realmente sinto falta do lugar que o Lorde das Trevas prometeu me matar. Tantas memórias felizes.
Draco empurrou o diagrama para longe e recostou-se no sofá, cruzando as longas pernas na altura dos tornozelos. A gola de seu suéter verde-escuro puxou para que a borda desgastada de sua cicatriz do Ministério aparecesse. Ele afastou uma mecha de cabelo da testa.
Hermione forçou seus olhos para longe dele.
Ela esperou que isso parasse de acontecer depois do Halloween. Mas já se passaram dez dias e ela ainda o notava: no café da manhã, quando ele batia pensativamente com um dedo nas costas do garfo; ou durante essas sessões de brainstorming, quando ele escrevia notas com uma caligrafia rápida, mas fluida; ou sempre que ele chegava a um metro dela, momento em que ela se lembrava da sensação de sua bochecha, corada e macia sob seus dedos, a forma de sua maçã do rosto, o ângulo rígido de sua mandíbula.
Ela sabia que ele a pegou nisso também. A observação.
Às vezes ela até pensava que o via notando-a também.
Ela olhou inexpressivamente para o pergaminho. Sem nem piscar, como se uma aparição fosse colocada sobre sua visão, ela podia ver a expressão de Draco no espelho no Halloween, ao mesmo tempo cauteloso e vulnerável, como se naquele segundo ela pudesse ter feito qualquer coisa e ele apenas assistisse. Mesmo suas feições, naturalmente tão nítidas quanto as arestas afiadas para cortar, pareciam suavizar na incerteza.
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Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃO
FanfictionNa noite em que Harry e Dumbledore voltam da caverna, os comensais da morte demoram mais um minuto para chegar ao topo da Torre de Astronomia. Draco Malfoy abaixa sua varinha. Uma reescrita de Relíquias da Morte na qual Draco aceita a oferta de Dumb...