Capítulo 13 - O Fabricante de Varinhas e o Ladrão

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CAPÍTULO 13: O FABRICANTE DE VARINHAS E O LADRÃO


Draco passou a maior parte do restante de Setembro na cama. Hermione trocou suas ataduras primeiro três vezes ao dia, depois duas, e então o retirou da solução entorpecente. Mesmo quando ficou claro que ele estava bem o suficiente para trocar suas próprias bandagens, ela continuou entrando e fazendo isso sozinha.

Ela supôs que tinha algo a ver com a atmosfera ao redor do chalé e da barraca. Ela esperava que Rony se acostumasse com a ideia de continuar amigos e que, ao fazê-lo, recuperasse seu calor e humor, mas ele parecia estar afundando em si mesmo, ficando cada vez mais desanimado. Um dia ele seria capaz de falar algumas frases empoladas para ela. No próximo, seus olhos ficavam vermelhos e ele ficava quieto durante as tentativas de planejamento. Harry, cronicamente não conflituoso sobre essas coisas como ele era, não ajudou em nada. E então Hermione se viu no mundo confuso de temer refeições com seus dois melhores amigos, mas sentindo-se quase ansiosa pela hora ou mais por dia que passava com Draco Malfoy.

Draco podia ser irritante, como ela sabia durante a maior parte de sua vida senciente a essa altura. Ele pode ser juvenil e excessivamente dramático. Mas sua recuperação parecia confirmar que a juventude e o drama eram feitos principalmente para efeitos cômicos, em vez de princípios reais de sua personalidade. Era um tipo de personagem que ele representava. Hermione começou a vasculhar a biblioteca dos Potter para encontrar textos sobre Durmstrang e Grindelwald para Draco ler, esperando encontrar vestígios da marca triangular, e embora ele suspirasse e revirasse os olhos e reclamasse de tudo o que fez por eles sem nem mesmo um obrigado, ele lia os livros. Sempre que ela entrava, ele os folheava, marcando-os com pedaços de pergaminho quando encontrava algo de uso potencial.

- Este diz, '... os próprios corredores de Durmstrang ainda carregam vestígios do infame bruxo das trevas que uma vez andou pela escola' - disse ele um dia, parecendo enojado. - Então, isso deve estar se referindo à marca. Mas eles seguem em frente. Na verdade, não diz nada de útil sobre isso - ele jogou Uma História Moderna da Escandinávia Mágica na ponta da cama.

Hermione suspirou, folheando Escolas Internacionais de Magia e Currículos Variados em seu lugar habitual no assento da janela.

- Esse é o problema com muitos desses historiadores bruxos do início do século 20,- ela comentou. - Eles parecem pensar que alguns detalhes existem apenas para adicionar sabor às suas descrições, em vez de serem intrinsecamente significativos.

- Sem mencionar, - Draco murmurou. - que eles estão tão apavorados com a ideia de serem vistos como simpatizantes dos bruxos das trevas, que nem tocam no assunto - ele zombou. - É como se eles pensassem que escrever sobre feitiços das Trevas é a mesma coisa que obter a maldita Marca Negra.

Hermione virou a página, embora não tivesse terminado de ler a anterior. Ela nunca tinha ouvido Draco fazer esse tipo de referência improvisada a Voldemort ou aos comensais da morte.

- Falando nisso, - ela disse timidamente. - eu estava querendo perguntar. Aquele Feitiço Multiforme... Eu sei que Voldemort não pode usá-lo para rastrear todos com a Marca Negra, ou Karkaroff não teria sido capaz de fugir. Mas se ele tentasse convocá-lo, ele não poderia dizer que você ainda está vivo, não é?

Draco ainda estava olhando para o livro, mas ela percebeu que ele havia parado de ler. Quando ele respondeu, foi em um tom casual forçado que não a convenceu.

- Não é tão diferente do Feitiço Multiforme usual, Granger. Quando ele toca sua própria Marca, ele muda a Marca em qualquer um de nossos corpos que ele queira. Não importa se esse corpo está vivo ou morto - mais rígido do que nunca, ele acrescentou. - Somos apenas objetos para ele.

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora