CAPÍTULO 29 - AS FOLIAS DE HELGA LUFA-LUFA
Eles pousaram com força no jardim da frente do Chalé Potter.
Draco respirou superficialmente pelos lábios entreabertos. O ar cheirava a pólen, parecia denso e irrespirável. O único som era o barulho das tendas ao redor deles. Ninguém falou, embora todos os outros estivessem voltados para ele.
Ele não conseguia olhar nos olhos deles. O que havia para dizer? Todos eles sabiam a verdade. Não haveria antídoto para seu pai, milagrosamente adquirido, para salvá-lo do veneno da espada. Lucius já estava perdendo a consciência quando eles escaparam. A essa altura, ele estava morto.
Draco sabia disso, mas não poderia ser verdade. Seu pai, a pedra angular sobre a qual ele construiu sua identidade por tanto tempo, não poderia ter desmoronado do mundo em poucos segundos confusos. Ele não poderia ter ido embora.
Ele se viu olhando primeiro para Dobby, o elfo doméstico, que estava olhando para ele com aqueles olhos do tamanho de uma bola de tênis.
- Ah, senhor - Dobby disse, desviando o olhar. Draco ouviu uma sugestão de simpatia, mas não viu nenhum sinal de arrependimento no rosto do elfo.
As palavras de Dobby pareceram acabar com o choque. Rony engoliu em seco e balançou levemente a cabeça.
- O que nós vamos fazer? - ele disse em um sussurro rouco. - Hermione...
Mas a chegada deles atraiu atenção. A porta do quartel-general se abriu e um sr. e uma sra. Weasley, de aparência aterrorizada, correram para o jardim, seguidos por uma dúzia de membros da Ordem.
- O que diabos aconteceu? - sra. Weasley exigiu. - Ronald Weasley... onde você foi? O que você estava fazendo? Você deveria ter voltado há vinte minutos! Você disse que estava indo para algum lugar seguro, você disse...
Ela parou no meio do discurso, examinando o grupo. Todos reunidos pareciam responder à questão ao mesmo tempo.
- Onde está Hermione? - disse Bill em voz baixa.
- Bellatrix está com ela - as palavras vieram da boca de Draco, mas sua voz soava como a de um estranho.
As mãos da sra. Weasley taparam sua boca, mas ela foi uma das poucas que se moveu. A maior parte da Ordem congelou no lugar como se estivesse petrificada.
Remus foi o primeiro a se recuperar.
- Bellatrix não vai matar Hermione - disse ele, com o rosto sério, mas com a voz firme. - Nós sabemos disso. Ela será uma prisioneira imensamente valiosa.
- Como isso aconteceu, Potter? - disse Kingsley. - Por que você estava perto de Lestrange?
Harry explicou os traços gerais, omitindo detalhes da horcrux. A notícia de que eles tinham ido para Gringotes causou um burburinho imediato de perguntas, mas nada disso significou nada para Draco. Ele olhou sem ver os veios de hera nas paredes do Chalé Potter. O corpo de seu pai provavelmente ainda estava caído nos degraus. Quem iria reivindicá-lo? E mesmo agora, Bellatrix pode estar levando Hermione ou sua mãe de volta à Casa Lestrange para torturá-las. Sua mente não tinha espaço para mais nada, nem mesmo para a horcrux ou como eles iriam destruí-la.
Mas Remus estava certo: Bellatrix manteria Hermione viva. Ela iria querer trocar Hermione pela taça, e agora que eles a roubaram debaixo de seu nariz, Bellatrix não ousaria invocar Voldemort. Outro fragmento de esperança que Draco se agarrou como um homem se afogando em um pedaço de madeira flutuante.
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Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃO
FanficNa noite em que Harry e Dumbledore voltam da caverna, os comensais da morte demoram mais um minuto para chegar ao topo da Torre de Astronomia. Draco Malfoy abaixa sua varinha. Uma reescrita de Relíquias da Morte na qual Draco aceita a oferta de Dumb...