Capítulo 9 - A Rainha da Noite

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CAPÍTULO 9: A RAINHA DA NOITE


- Eu ainda não acho que devemos seguir uma nota não assinada rabiscada em um lugar público - Draco murmurou enquanto eles se aproximavam da casa dos Potter novamente. - Qualquer um poderia ter escrito.

- Sim, bem, é por isso que saímos em uma caça ao ganso em miniatura, não é? - veio o sussurro de Granger do nada. - Para afastá-los se eles estivessem assistindo.

Depois de ler o bilhete, eles se afastaram do chalé como turistas desinteressados. Eles saíram direto de Godric's Hollow, trocaram suas Transfigurações por Desilusões, e Potter e Granger, os dois menores, vestiram a Capa da Invisibilidade antes de voltarem sorrateiramente para a vila.

Agora, parados diante da chalé novamente, Draco não gostou da ideia de entrar.

- E se eles criaram uma proteção ou alerta?

- Desde que não seja uma proteção anti-aparatação, não importa - Granger sussurrou de volta. - E podemos verificar isso. Todos se lembram do plano?

- Se algo suspeito acontecer, - Weasley murmurou. - desaparate para aquela caverna onde ficamos depois que eles nos encontraram da última vez.

- Bom - disse Potter. - Vamos - a hera sobre o portão de ferro tremeu, como se fosse uma brisa, enquanto os grifinórios subiam e passavam por ela.

Draco suspirou, mas seguiu.

A casa dos Potter era feita de uma bela pedra desgastada, embora estivesse quase toda obscurecida pela hera escura que crescia selvagem sobre sua fachada. A porta da frente deve ter sido um carmesim brilhante e convidativo, mas a pintura havia embaçado nos dezesseis anos seguintes, descascando e descamando entre as tábuas, a maçaneta da porta enferrujada.

- Vamos procurar uma porta lateral - Potter sussurrou. - Eu não acho que devemos simplesmente entrar pela...

Draco não perdeu a tensão em sua voz. Draco de repente se imaginou voltando para a Mansão Malfoy depois de uma década para encontrá-la coberta de mato, os jardins uma confusão de ervas daninhas, as janelas manchadas, o andar superior destruído, a imagem de negligência, desuso e danos absolutos.

Weasley claramente também sentiu o desconforto de Potter.

- Vamos, - disse ele. - vamos tentar contornar aqui - ele assumiu a liderança, e eles seguiram seu contorno fraco.

Eles escavaram a lateral da casa, seguindo o caminho das lajes rachadas para não deixar depressões na terra. No canto dos fundos da casa havia uma pequena saliência e, abaixo dela, uma segunda porta vermelha com suportes pretos.

- Alohomora - sussurrou a voz de Granger. A fechadura rangeu e raspou ao abrir, e Weasley empurrou a porta.

Eles entraram em uma pequena cozinha com acessórios antiquados. Em certo ponto, poderia ter sido um lugar aconchegante: os olhos de Draco demoraram-se em potes de cobre aninhados no topo dos armários e em um prato encantado montado na parede, onde um galo pintado bicava eternamente algumas sementes em algumas pinceladas de grama. Mas o tempo havia desgastado os confortos. O ar cheirava a podridão e os cantos do teto estavam manchados de mofo.

Parecia que o sinal tinha falado literalmente. Ninguém parecia ter tocado no lugar desde aquela noite de Halloween. O olhar de Draco fixou-se em um detalhe que parecia estarrecedor: um único copo de água que estava na beirada do balcão, perto da pia. Alguém pode ter acabado de pegar um gole de água da torneira e deixado o copo lá para descansar.

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora