Capítulo 18 - Mansão Malfoy

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CAPÍTULO 18 : MANSÃO MALFOY


- L... - o nome de Luna parou na ponta da língua de Draco quando ele se lembrou de seu disfarce.

- Quem é você? - ela perguntou. A voz dela, sempre tão sonhadora, agora era um pedaço ressecado.

Draco conseguiu apontar o nome em sua inscrição no Spizzworth.

- A-Aidan March.

- Você não é um comensal da morte - não era uma pergunta, mas fez o antebraço esquerdo de Draco formigar. Os olhos de Luna percorreram seu uniforme de bufê. - Você está aqui para nos ajudar?

- Nos?

Luna se afastou da porta. Enquanto Draco segurava sua varinha mais perto da janela gradeada, ele distinguiu um homem deitado imóvel contra a parede próxima, embora ele não se parecesse tanto com um homem quanto com um cadáver, emaciado e encardido, uma massa de cabelos grisalhos imundos caindo em volta de seu rosto esquelético.

Era Olivaras. O fabricante de varinhas dificilmente tinha qualquer semelhança com o homem que bateu palmas com prazer quando Draco, com onze anos de idade, balançou esta mesma varinha no ar para produzir uma cauda brilhante de chama branca.

Medo e desgosto pulsaram em Draco. Era tudo o que ele podia fazer para não recuar da vista. Isso era o que esperava ele, Hermione e Harry se fossem capturados esta noite... isso e pior.

- Isso é um uniforme? - disse Luna, voltando para a janela. Embora sua voz estivesse rouca, ela soava inocentemente curiosa, também, como se Draco tivesse passado para um chá e uma conversa leve.

- Eu... eu trabalho para um bufê. Há uma gala do Ministério da Magia lá em cima... Centenas de pessoas.

- Oh. Eu entendo - ela assentiu, parecendo considerar. - Suponho que seria muito difícil nos tirar de daqui sem seremos vistos, então.

Muito difícil, pensou Draco, era o eufemismo do ano. Enquanto pensava em Bellatrix, seu medo redobrou, enviando gelo sobre sua pele. Se a Mansão Malfoy estava sendo usada para esse propósito, sua tia deve ter tomado precauções para garantir que os cativos não escapassem.

Ele não sabia o que fazer. Ele tinha que pensar pragmaticamente. Ele sabia que se contasse a Hermione ou Potter sobre isso, eles insistiriam em tentar salvar Luna e Olivaras, mas não ajudaria os cativos se os três fossem jogados nesta cela ao lado deles. Suas circunstâncias só piorariam se Potter, em particular, fosse morto. Pode não valer a pena tentar, pode ser a melhor opção pegar a horcrux, ir e focar na queda do Lorde das Trevas.

E mesmo assim a ideia de esconder isso de Hermione o fazia sentir aquela sensação opressiva de vergonha novamente. Ele só podia imaginar sua fúria e desgosto se ele escondesse isso até depois que eles voltassem para o quartel-general.

Mas seria para mantê-la segura, ele pensou. Para manter todos nós vivos.

Ainda assim, o rosto magro e contorcido de Olivaras... o jeito que Luna disse, Você está aqui para nos ajudar?

- Por que você está aqui? - Draco disse trêmulo.

- Meu pai é o editor do Pasquim. Você ouviu falar? - ela acrescentou com algum orgulho.

Seu amor pelo trapo ridículo de seu pai nunca pareceu menos engraçado.

- Sim - Draco disse.

- Bom. Bom - Luna disse distraidamente. Sua mão tremia quando ela moveu uma mecha de cabelo loiro sujo para trás de seu rosto. - Bem, suponho que eles não gostam do que ele tem publicado ultimamente... Ele tem escrito histórias sobre a Ordem da Fênix e como devemos nos unir para apoiar Harry Potter. Então, eles me tiraram do Expresso de Hogwarts quando eu estava voltando para casa nas férias de Natal.

Os Desaparecimentos de Draco Malfoy - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora