No dia seguinte....
Cecília já havia saído do hospital e voltado para casa. Ela estava sentada no enorme campo repleto de flores que tinha no lugar, enquanto se martirizava com seus pensamentos assombrados.
Ela trazia um milhão de emoções conflitantes, só de pensar que esperava um filho do chefe da Sicília. Não que isso fosse de um tanto ruim, mas o fato de ela e o bebê estarem em constante perigo, isso a preocupava.
Ela estava lutando a cada segundo contra a sua própria mente, para lidar com o medo e insegurança que estava sentindo.
— Senhora! – Disse uma voz doce, a chamando. Quando Cecília se virou, viu Carmen, outra das empregadas e amiga de Giovana, a chamando. — Aqui está!
A mulher se aproximou com uma bandeja em mãos. Lá haviam um copo de suco e alguns comprimidos, para que Cecília os tomassem.
E então, um suspiro foi ouvido.
— Isso me dá enjoos. Não posso deixar de tomar? – Perguntou ela, desanimada.
— Sinto muito! São ordens do senhor Scopelli! – Disse a empregada, sorrindo de forma tranquila.
— Obrigada! – Disse Cecília, levando os comprimidos até a boca. Ela devolveu o copo a bandeja e voltou a se virar, aproveitando o sol da manhã, naquele perfumado campo de margaridas amarelas.
Minutos depois, Cecília ouviu os carros se aproximando da entrada da casa e se levantou, pensando que algo havia acontecido. Ela sentiu seu coração acelerar e foi até eles, vendo Hugo sair do primeiro veículo com toda aquela áurea autoritária.
Assim que Hugo a viu, com uma aparência ainda abatida, ele foi até ela e a abraçou, sem se preocupar com os outros.
— Sinto muito, isso será para o seu bem! – Disse Hugo, enquanto passava a ponta do nariz pelos fios dos cabelos dela, inalando um delicioso perfume de flores.
— Se você diz que é necessário, eu não vou me opor! – Respondeu Cecília, o abraçando de volta. Ela se referia sobre a decisão de Hugo de voltarem a Palermo.
Hugo havia percebido todo o desconforto de sua amada e por isso ele decidiu que, já era hora de tomar uma atitude.
Mesmo com Cecília e sua mãe não se dando bem, lá seria o último lugar onde Fiorella iria. Sem contar que, ela também poderia contar com a ajuda e proteção dos outros Capo's.
Cecília não sabia sobre o que aconteceria futuramente, mas aprendeu a confiar em Hugo e isso, era motivo suficiente para que ela pudesse se sentir ao menos protegida.
— Vamos para dentro, você precisa descansar! – Disse Hugo, a guiando pela entrada.
Assim que passaram pela porta juntos, Hugo a pegou no colo e subiu as escadas, mantendo Cecília entre seus braços.
Nem ele mesmo sabia o porquê de se sentir daquela forma, mas era a primeira vez em toda a vida, que Hugo se sentia vivo. Graças a Cecília, ele resolveu se entregar a esses sentimentos e confiar o seu amor nela.
Ele a colocou na cama e se sentou ao lado dela, se virando para a olhar.
— Eu me sinto muito enjoada e cansada. Desculpa não ser a mesma. – Disse Cecília, o fazendo sorrir.
Hugo se deitou ao lado dela e se virou, colocando a mão esquerda em cima de seu ventre.
— Isso será passageiro! Não se preocupe e se quer saber, eu consigo te achar ainda mais linda do que antes. – Falou Hugo com toda delicadeza, encostando a ponta do nariz, na orelha dela a cheirando.
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DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.
Literatura KobiecaCecília é uma garota de origem humilde, que perdeu seus pais cedo. Ela trabalhava como camareira de um hotel e um dia, encontrou uma sósia completamente oposta dela, que a ofereceu bastante dinheiro, para que Cecília ficasse em seu ligar, iludindo...