Capitolo Cinquantunesimo: O tão sofrido parto

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A cidade estava um caos.

Hugo e os demais, saíram apressados indo em direção ao carro e quando Hugo estava prestes a tocar a maçaneta do veículo, Katherine o interrompeu, puxando-a primeiro.

— O que está fazendo? Não temos tempo! – Disse Hugo, encarando-a de forma confusa.

— Eu sou boa em dirigir e você, é o melhor em matar. Vamos fazer isso juntos, Don! – Respondeu Katherine, entrando no lugar dele.

Hugo teve que concordar. Ela está cheia de razão! – Pensou ele, se apressando para chegar até a outra porta.

E então, o carro arrancou com velocidade.

Katherine dirigia, pisando ao máximo no acelerador, enquanto Hugo conferia sua preciosa arma em seu colo. E de repente, uma voz conhecida soou pelo painel do veículo, logo após Katherine tocar na tela sem nem mesmo Hugo perceber.

—"Anda logo, eles estão atrás de nós! – Gritou Ítalo, com humor na voz ao invés de pavor. Ele amava adrenalinas. E então, uma voz ao fundo fez com que Hugo se distraísse do que estava fazendo.

—"Aiiii, anda logo com isso, seu idiota! - Gritou Cecília mostrando-se impaciente. Quem julgaria uma mulher com seus hormônios alterados e em trabalho de parto?

Aquilo foi um gatilho para Hugo. Ele largou no mesmo instante o que estava fazendo e grudou as mãos pelo painel do veículo, como se por uma mágica, ele pudesse se tele transportar.

—Amor, meu amor! Aguente firme, eu estou indo! – Gritou Hugo, com fúria, sentindo-se completamente tomado pela preocupação.

E então, a ligação caiu!

Naquele instante, Katherine sentiu a angústia e o desespero de Hugo; a final, eram seus filhos e sua amada quem estava a caminho. Ela se sentiu miserável por todo esse tempo, ter tentado ir contra a algo que não se pode mudar.

O sentimento de uma pessoa é algo incontestável quem consegue mandar em seu coração?

Ela nunca pôde mudar o dela. Uma alma solta, que ama a liberdade e

— Onde eles estão? Me diz Katherine, que porr** de lugar eles estão? – Perguntou Hugo, com ira. Antes que ela movesse os lábios para o responder, uma Ferrari tão negra quanto a noite escura, se aproximou do lado deles.

Ao abaixar os vidros, Katherine viu Enrico e mais dois homens dentro e quando Hugo olhou para trás, haviam mais alguns carros os seguindo.

Quando Hugo percebeu, o sangue subiu para os seus olhos e sem pensar, ele colocou o cano da arma na cabeça de Katherine, a engatilhando.

— Que merda está acontecendo Katherine? - Perguntou Hugo, entre dentes e então, os carros avançaram os dois, os ultrapassando.

Katherine sorriu de forma irônica e colocou a mão direita para fora, fazendo um gesto no ar para que os carros se apressassem. Era uma gangue que ela mesma comandava na cidade e pareciam ter muito respeito por ela.

Mas da mesma forma que ela os mandou ir, se ela cismasse, com apenas um aceno, Hugo perderia sua vida ali mesmo. Ele percebeu isso, quando viu os carros acelerarem e irem na frente a obedecendo.

— Eu te disse, Scopelli! Eu sou boa em dirigir essa cidade! – Respondeu Katherine, cerrando os dentes e afundando os pés ao máximo no acelerador.

Katherine mudou. Ela não só amadureceu em suas atitudes, como agora era chefe de uma gangue americana.

Ela parecia ter encontrado o lugar dela! - Pensou Hugo a olhando com atenção.

— Você mudou e isso, foi um elogio! – Disse ele, voltando a atenção em frente.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora