Capitolo Quarantacinquesimo : Um novo disfarce

212 15 1
                                    


Cecília estava sonhando...

Era lindo; um campo verde e cheio de margaridas, ela estava descalça, olhando para o cesto de palha em seu braço, cheio de guloseimas.

Cecília forrou um lençol no chão e se sentou, sorrindo lindamente enquanto observava um homem, segurando as mãos de duas crianças ruivas.

Era um casal.

Um homem estava de costas, vestido com uma linda camisa branca, que exibia um pouco dos traços da tatuagem na lateral do corpo, por ser de um tecido fino.

Quem o julgaria? Era primavera e o tempo estava quente.

As barras da calça dele estavam dobradas e ele parecia estar bem a vontade com aquelas crianças. Em seguida, os três se viraram e os dois pequenos começaram a acenar.

— Mamãe! – Disseram em uníssono. E depois de reparar aqueles sorrisos felizes, Cecília encarou o semblante do homem que as seguravam.

— Hugo! – Chamou ela, despertando em seguida.

Quando Cecília abriu os olhos, não estava mais naquele quarto escuro e sim em um hotel e bem na mesa em frente, havia Fiorella e uma mulher, que não parecia estranha para Cecília, mas ao mesmo tempo, a ruiva não fazia ideia de quem era.

Ela tentou se mover, mas notou estar amarrada nas pernas e braços. E suas tentativas de se soltar dali eram completamente nulas.

— Onde estou? – Perguntou Cecília, vendo Fiorella a olhar e sorrir. Ela se aproximou de Cecília e se sentou na cama e segurou a mão dela, com um sorriso doce.

— Oi, que bom que você acordou. Eu estava ansiosa para que pudéssemos conversar um pouco! – Disse Fiorella, com uma foz branda e doce, encarando a irmã, ainda confusa sobre a cama.

— O que você fez comigo? – Perguntou Cecília, tocando o pescoço o sentido rígido.

Fiorella fingiu não entender o que a irmã dizia e se virou para a mulher, sorrindo.

— Mamãe, venha vê-la! Acho que Fiorella não está bem! – Disse Fio, tentando confundir a irmã.

— Não sou Fiorella, sou Cecília. – Disse Cecília, se movendo na cama, para tentar levantar.

Fiorella sorriu com sarcasmo e se levantou, despindo-se na frente de sua irmã.

Ela estava mais magra, as pernas e braços mais finos, na barriga havia uma cicatriz enorme, porém, dava para perceber que foi feita a pouco tempo e então, Fiorella a encarou com um falso olhar doce.

— Maninha, eu sei que não passou por dias fáceis desde que chegou aqui. Foi minha culpa! A partir de hoje, vou concertar tudo e viver da forma mais correta possível! – Disse Fiorella, se virando para a mãe e sorrindo.

— Como estou, mamãe?

— Uma perfeita mulher, Cecí! – Disse Roseta Borelli, a madre fugitiva de Hugo.

Ela sorriu e se aproximou de Fiorella, tocando-a no rosto e sorrindo de forma estranha. Cecília pensou naquele momento, de o quanto aquela mulher parecia fria e sem coração, por estar ajudando sua até então "irmã" com um plano sórdido daqueles.

Fiorella pretendia pegar seu lugar de volta, mas ela faria agora, bom uso do que Cecília havia a fornecido.

Fiorella se passaria por Cecília, tentando imitar a personalidade da irmã. Claro que, seria uma missão quase impossível para ela, mas ou ela fazia isso, ou compraria uma briga maior com Hugo.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora