Capitolo Ventunesimo : Como uma verdadeira Fiorella

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Cecília ficou parada, sentindo seu corpo falhar aos poucos.

As mãos estavam gélidas, a respiração havia encurtado e a vontade de o puxar para continuar ao ósculo era exagerada.

Mas ela voltou a si!

Eles se encararam por um instante e então, Hugo sorriu, maneando a cabeça para o lado.

— Eu sabia! – Disse ele, de forma convencida. Cecília então, fechou seu semblante e o empurrou com ignorância.

— Sem contatos, lembra? – Indagou ela, com rispidez.

Hugo se moveu para o lado e ao se virar, ambos fizeram ao mesmo tempo. Ele, então, deu alguns passos até ela, parando apenas quando Cecília sentiu suas costas bater na parede.

— O-O que foi? – Perguntou ela, com a voz instável, tentando parecer "durona", mas o que ela conseguiu, foi com que Hugo sorrisse.

Ele levantou as mãos ao alto e a olhou com humor.

— Eu não irei te tocar! – Disse ele, se aproximando mais de Cecília, a vendo prender a respiração pelo nervosismo.

Ela fechou os olhos ao sentir a respiração de Hugo bem próximo da pele de seu rosto e então, ouviu um riso fraco e irônico.

— Nem mesmo se me implorar! – Disse ele, com um tom aveludado, dando de costas para Cecília.

Hugo saiu do quarto, com passos pesados.

A ruiva, sem perceber que já estava na ponta dos pés, ajeitou a postura e levou a mão ao peito em sinal de alívio.

— Minha nossa! – Disse Cecília, tentando se recuperar. Ela estava surpresa por estar conhecendo um pouco melhor esse lado de Hugo, apesar de não imaginar que, ele poderia ser uma pessoa tão intensa a esse ponto.

Cecília estava achando que não duraria muito por ali, mas alguma coisa mostrava ao contrário, desde o dia em que ela e Hugo dormiram juntos.

Mas como ela poderia ter certeza de que o Homem havia ficado mexido, se era a coisa mais normal do mundo, o senhor Scopelli ter uma companhia durante a noite?

Era por isso que, Cecília se sentia cada vez mais confusa ao lado dele.

Ela então, se lembrou de que ainda estava no quarto dele e aproveitou que Hugo saiu, para ir até o seu quarto. Assim que ela passou pelo arco da porta, alguém veio correndo em direção a ela e logo ela percebeu de quem se tratava.

— Senhora! – Disse Giovana, com a voz aflita,

— Minha nossa, que susto! O que houve? – Perguntou Cecília, vendo o quanto sua empregada estava pálida e assustada.

— Visitas! A senhora tem visitas e o senhor Scopelli não parece de bom humor! – Disse Giovana, tentando se recompor.

Cecília a olhou confusa e então, se lembrou do plano de Hugo, em enganar Fiorella e por isso, ela logo se sentiu inquieta.

— Vamos! Me diga quem está lá em baixo? – Perguntou Cecília a olhando de forma confusa. Ela notou que, pela expressão de Giovana, não poderia ser ninguém menos que Beneditte.

Cecília saiu correndo escada a baixo, na tentativa de o impedir de fazer qualquer coisa.

Ela não queria que a "manager" de Fiorella já soubesse o que estava acontecendo e temeu que, Hugo desse com a "língua nos dentes".

Assim que Cecília chegou no saguão da casa, ela deu de cara com os dois se encarando, feito dois animais raivosos.

— Ela vem comigo! – Disse Beneditte, encarando Hugo friamente.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora