Capitolo Quattordicesimo: Você é minha

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Os dois estavam sentados juntos na mesa, enquanto Hugo observava Cecília devorar o sorvete, com um sorriso nos lábios.

Naquele momento, os pensamentos do Homem, foram em uma cena quase parecida a anos atrás. Hugo e Fiorella estavam apenas noivos e como um motivo para se conhecerem, ele a convidou para tomar sorvete.

Eles estavam andando pelo jardim, enquanto cada um segurava uma taça com o doce. Fiorella sorria de forma encantadora, como se fosse a mulher mais inocente do mundo.

Eles caminhavam fazendo planos futuros e ela mostrava realmente estar a fim dele. Era raro tal atenção, já que, as mulheres se aproximariam de Hugo somente por um único motivo.

O poder.

Naquele mesmo dia, Hugo ouviu Fiorella no banheiro vomitando.

Ele então, pensou que ela tivesse tomado o sorvete apenas para o agradar e viu aquilo como uma prova de amor, mas tempos depois a garota acabou jogando na cara dele que, odiava atos românticos.

Ela o estragou e agora, Hugo estava odiando o fato de estar em frente uma mulher idêntica a sua esposa, mas com uma personalidade que ele sempre idealizou.

Ele deveria a tornar dele? – Ele se cogitou.

— O que foi? Você não vai mesmo comer? – Perguntou Cecília, o vendo arrastar a cadeira se levantando furioso e sair.

Ela não entendeu e se levantou em seguida para ir atrás dele.

Cecília subiu as escadas apressada, tentando o acompanhar e ao vê-lo chegar ao quarto, gritou tentando o impedir.

— Hugo! – Chamou Cecília, tendo a atenção do homem. Ele estava irritado e com o semblante fechado. Só de olhar para ele, já se saberia que toda sua paciência havia se esvaído.

Ele voltou até Cecília com passos pesados e a escorou na parede, prendendo o pescoço dela com o antebraço.

Os Olhos deles se encontraram e então, Cecília mudou sua expressão para medo. Era tudo o que Hugo queria.

— Você fez isso de propósito, certo? – Perguntou ele entre dentes, deixando a raiva o dominar.

Cecília tocou os braços dele na tentativa de que ele a soltasse, mas sem sucesso. Restou apenas que ela se acalmasse e lutasse por ar.

— Eu...Eu...- Cecília tentou falar, mas não conseguiu.

E a satisfação de Hugo a vendo agonizando, foi maior do que tudo para ele, até ele levar os olhos até a imensidão azulada de Cecília, que não estava tão coberta pela lente.

Ela estava saindo do lugar.

Hugo virou o rosto de Cecília com força, esfregando-a e ao soltá-la, olhou para as mãos, vendo uma lente cinza em seus dedos.

Quando ele encarou Cecília, ela estava com os olhos cobertos com uma mão e era nítido os tremores de medo.

Ele não queria ter chegado àquele ponto e então, a puxou pelo braço, levando Cecília com ele para fora da casa.

Hugo caminho até o carro, arrastando a garota e quando primo, ia se aproximando para saber o que estava acontecendo, Hugo estendeu o dedo para ele, mostrando sua ira.

— Fique! – Disse Hugo em um tom de ordem.

— Hugo, não deveria...- Antes que ele terminasse de falar, Hugo freou os pés no chão e o encarou com os olhos escurecidos.

— Eu mandei que ficasse. Será que pode me obedecer ao menos uma vez, Ítalo? – Disse ele, jogando Cecília dentro do carro.

Hugo estava com as emoções afloradas, ele mal conseguia conter a sua raiva e sinal disso, foi ele sair dirigindo disparado, exigindo que ninguém fosse junto.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora