Os dois estavam sentados juntos na mesa, enquanto Hugo observava Cecília devorar o sorvete, com um sorriso nos lábios.
Naquele momento, os pensamentos do Homem, foram em uma cena quase parecida a anos atrás. Hugo e Fiorella estavam apenas noivos e como um motivo para se conhecerem, ele a convidou para tomar sorvete.
Eles estavam andando pelo jardim, enquanto cada um segurava uma taça com o doce. Fiorella sorria de forma encantadora, como se fosse a mulher mais inocente do mundo.
Eles caminhavam fazendo planos futuros e ela mostrava realmente estar a fim dele. Era raro tal atenção, já que, as mulheres se aproximariam de Hugo somente por um único motivo.
O poder.
Naquele mesmo dia, Hugo ouviu Fiorella no banheiro vomitando.
Ele então, pensou que ela tivesse tomado o sorvete apenas para o agradar e viu aquilo como uma prova de amor, mas tempos depois a garota acabou jogando na cara dele que, odiava atos românticos.
Ela o estragou e agora, Hugo estava odiando o fato de estar em frente uma mulher idêntica a sua esposa, mas com uma personalidade que ele sempre idealizou.
Ele deveria a tornar dele? – Ele se cogitou.
— O que foi? Você não vai mesmo comer? – Perguntou Cecília, o vendo arrastar a cadeira se levantando furioso e sair.
Ela não entendeu e se levantou em seguida para ir atrás dele.
Cecília subiu as escadas apressada, tentando o acompanhar e ao vê-lo chegar ao quarto, gritou tentando o impedir.
— Hugo! – Chamou Cecília, tendo a atenção do homem. Ele estava irritado e com o semblante fechado. Só de olhar para ele, já se saberia que toda sua paciência havia se esvaído.
Ele voltou até Cecília com passos pesados e a escorou na parede, prendendo o pescoço dela com o antebraço.
Os Olhos deles se encontraram e então, Cecília mudou sua expressão para medo. Era tudo o que Hugo queria.
— Você fez isso de propósito, certo? – Perguntou ele entre dentes, deixando a raiva o dominar.
Cecília tocou os braços dele na tentativa de que ele a soltasse, mas sem sucesso. Restou apenas que ela se acalmasse e lutasse por ar.
— Eu...Eu...- Cecília tentou falar, mas não conseguiu.
E a satisfação de Hugo a vendo agonizando, foi maior do que tudo para ele, até ele levar os olhos até a imensidão azulada de Cecília, que não estava tão coberta pela lente.
Ela estava saindo do lugar.
Hugo virou o rosto de Cecília com força, esfregando-a e ao soltá-la, olhou para as mãos, vendo uma lente cinza em seus dedos.
Quando ele encarou Cecília, ela estava com os olhos cobertos com uma mão e era nítido os tremores de medo.
Ele não queria ter chegado àquele ponto e então, a puxou pelo braço, levando Cecília com ele para fora da casa.
Hugo caminho até o carro, arrastando a garota e quando primo, ia se aproximando para saber o que estava acontecendo, Hugo estendeu o dedo para ele, mostrando sua ira.
— Fique! – Disse Hugo em um tom de ordem.
— Hugo, não deveria...- Antes que ele terminasse de falar, Hugo freou os pés no chão e o encarou com os olhos escurecidos.
— Eu mandei que ficasse. Será que pode me obedecer ao menos uma vez, Ítalo? – Disse ele, jogando Cecília dentro do carro.
Hugo estava com as emoções afloradas, ele mal conseguia conter a sua raiva e sinal disso, foi ele sair dirigindo disparado, exigindo que ninguém fosse junto.
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DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.
Literatura FemininaCecília é uma garota de origem humilde, que perdeu seus pais cedo. Ela trabalhava como camareira de um hotel e um dia, encontrou uma sósia completamente oposta dela, que a ofereceu bastante dinheiro, para que Cecília ficasse em seu ligar, iludindo...