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- Tainá 🦋

Saímos do morro às pressa, o tiro foi no lado esquerdo do peito, mas pelo que parece não passou perto do coração, e assim a gente espera. Em menos de 15 minutos estávamos na frente do hospita.

Hg entrou correndo e voltou com alguns médicos e uma maca, colocaram ele e entramos no hospital.

Médico : Fiquem aqui, vamos levar ele direto para  cirurgia, qualquer informação vamos trazer para  vocês. - Assentimos.

Vic : Por favor, não deixa ele morrer - Falou segurando o braço do médico.

Médico : Fiquem tranquilas, irei fazer de tudo. - falou e em seguida entrou na sala.

Hg : Aê pô - Chegou perto de mim e me abraçou - Fica tranquila.

- Não tem como Hg - falei em meio às lágrimas - Ele não pode morrer. - neguei chorando mais.

Vic : Ei, e quem disse que ele vai? - segurou meu rosto - Ele tem muito o que viver ainda Tai, ele vai ficar bem. - sussurrou a última parte mais para  ela do que para  mim.

Eu sei que ela está tentando me passar uma tranquilidade, mas tá falhando miseravelmente.

D2 : E aí tem notícias? - entrou correndo junto com o Gb e o Preto.

Neguei pegando os documentos da mão dele indo fazer a ficha do Talibã. Terminei de passar os dados para  moça da recepção e sentei do lado da vic que olhava para a pulseira que o mesmo deu para  ela no aniversário de 17 anos dela.

Vic : Vai ficar tudo bem - disse baixo olhando para  mim - Não fica assim - limpou meu rosto colocando minha cabeça no ombro dela.

- Ele não vai morrer - neguei - Ele me prometeu que voltar para  mim antes de sair.

Vic : Esse é o lado ruim de se envolver com bandidos né? - perguntou baixinho enquanto alisava meus fios.

- É, uma hora ele sai me avisando que vai voltar e na outra estamos aqui esperando notícias dele. - suspirei fechando os olhos.

Ouvi alguns passos se aproximar de mim e abrir meus olhos vendo a Nat se abaixar na minha frente.

Nat : Oi - limpou meu rosto - Eu fiquei sabendo e vim o mais rápido que pude, tem alguma notícia?

- Não, ele ainda tá na cirurgia, o tiro foi no peito esquerdo. - ela assentiu e me abraçou.

[...]

Já se passou quase uma hora e até agora ninguém veio trazer notícias do meu menino. E cada segundo que passa eu fico mais nervosa.

- Dan - Segurei o braço dele quando o mesmo ia na recepção - Não vai adiantar nada você ir lá.

D2 : Eu quero notícias do meu mano - Suspirou passando a mão no rosto.

Preto ; Ficar ameaçando a recepcionista não vai adiantar de nada.

D2 : Aquela desgraçada, eu querendo notícias do mano e ela pedindo meu número, essa cadela sem sal - sorri fraco negando.

- Não precisa falar assim né - ele me olhou e começou a andar de um lado para o outro.

Vic : Essa demora tá me deixando agoniada - assenti - Será se aconteceu algo?

Gb : Vira essa boca pra lá, papo tilt - chegou perto dela - Não aconteceu nada, deve ser só as burocracia.

Vic : Assim espero - falou com os olhos cheio de água e o Gb puxou ela pra um abraço.

Estranhei, não sabiam que eles estão tão próximos assim.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora