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- Victória 🐆

Meses depois...

O tempo passou tão rápido que já chegamos no último dia do ano.

Muita coisa mudou, e graças a Deus dessa vez foi pra melhor. Depois de tudo aquilo que aconteceu, conseguimos uns meses de paz até agora.

Falo até agora por que meu namorado é bandido dono de morro e traficante, a qualquer momento pode da merda novamente.

Completei nove meses e puta que pariu, eu estou uma tremenda gostosa.

Meu corpo mudou, engordei, tô com mó bundão. Até meus peitinhos estão maior pra felicidade do Gb.

Agora são nove da noite e eu tô me arrumando pra passar o final do ano lá na casa do Preto, resolvemos fazer assim, até por que não tenho mais pique pra baile.

Bernardo não dá paz pra minha bexiga, a cada cinco minutos tô no banheiro, e sem contar que meu barrigão me impede um pouco de dançar.

Terminei de fazer minha maquiagem e agora vou por meu vestido. Obriguei o Gb a finalizar meu cabelo e me sinto humilhada, o filho da mãe finalizou melhor que eu.

Coloquei o vestido e calcei minha kenner, é a única coisa que cabe no meu pé, parece um pão francês em uma kenner.

Sem contar que o Nk me chama de zoológico, por que além de vaquinha virei uma pata anã.

Esses são meus amigos, olha só, o suco da humilhação.

Gb : Terminou? - entrou no quarto e se aproximou beijando meu pescoço - Tá gostosa pra caralho.

- Né menino, tava pensando isso agora - ele sorriu - Tá gostoso, cheiroso, de nevou - analisei ele de cima abaixo - Se arrumou tanto pra quem hein?

Gb : Pra uma pretinha ciumenta aí - sorriu me beijando - Vou nem precisar falar né? - bufei revirando os olhos e peguei o gloss de morango.

Gloss de morango, uma das primeiras vez que ele dormiu  comigo na casa da minha mãe...

- Você é viciado nisso - ele sorriu roubando um selinho meu.

Gb : Sou viciado em tudo que envolva você - sorri.

- Tá tão fofo hoje - franzi o cenho - O que você quer hein? - passei por ele descendo a escada.

Gb : Eu? Nada - sorriu falso.

- Você quer ir pro baile e não tá sabendo pedir, é isso? - ele ficou calado - Já disse, se quiser ir não tem problema.

Gb : Não vai ficar com raiva depois? - neguei - Tá mentindo - neguei.

- Tô falando sério, eu vou pra casa do Preto e te espero lá - ele assentiu.

Gb : Não vou demorar - assenti - Vou só falar com os cara do comando e volto.

- Tá, mas antes você vai me levar lá na casa do Preto, de carro - sorri - não vou caminhar até lá.

Gb : Bora minha pata - passou por mim e eu fechei a cara.

- Palhaço - ele riu - me senti humilhada - ele gargalhou.

Gb : Tô te gastando pô - beijou minha testa e abriu a porta do carro - Entra - entrei.

- Tô cansada - bocejei - Tô ansiosa pro Ben nascer logo e eu poder dormi.

Gb : Se bem que o que a gente menos vai fazer quando ele nascer é dormi - fiz careta.

- Você vai conseguir dormi numa boa, já eu - bufei.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora