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- Victória 🐆

Depois que o Gb acordou, ele fez uma bateria de exames e recebeu alta três dias depois.

E hoje estamos na casa dele, e sinceramente tô tão fiz de poder entrar aqui e ver ele ali deitado de repouso e acordado.

Hoje é sábado e vai ter baile, decidir não ir pra ficar com ele, aproveitar o tempo perdido.

Gb : Porra, hoje tem baile - choramingou assim que eu entrei no quarto.

- E daí? - perguntei subindo na cama com meu pedaço de bolo - É só um baile, nada de mais - ele revirou os olhos.

Gb : Eu sei, mas eu não aguento mais ficar nessa cama - falou emburrado - Papo reto mermo, quero voltar logo pra atividade tá ligado.

Só concordei, não ouvi muita coisa não, tava mais focada no sabor do bolo do que na conversa.

Gb : Tu fica comendo essa coisa perto de mim sabendo que eu não posso comer também - dei os ombros - Tá tão bom assim? - assenti - Tô vendo aí, tá comendo numa vontade.

- Você quer? - ele negou - E mesmo se quisesse, não ia dividir - ele riu.

Gb : Gulosa pra caralho - Me deu um pescotapa - Mais aí é sério, tá me dando vontade pô.

Ri baixinho e peguei um pouco do recheio na colher levando até a boca dele.

- Abre - ele abriu - a médica não vai saber - ele riu comendo o recheio.

Gb : Tá gostoso, quem fez?

- Minha mãe - dei os ombros - Era pra você o bolo, mas como tu não pode, eu como por você - falei animada.

D2 : Aê - entrou no quarto - Quem fez esse bolo? - perguntou colocando um pedaço na boca

Nk : Tá gostosão mané - entrou também com um prato na mão.

- Vocês não ia embora? - ele negaram - Meu Deus.

Gb : E eles tava aqui? - assenti.

D2 : A gente chegou tu tava dormindo pô, só tá fazendo isso agora, come e dorme.

Gb : Vai se foder - D2 riu.

Nk : Vai pro baile? - perguntou pra mim e eu neguei - Pô, por que?

- Não tô afim, e não quero deixar o Gb só - ele assentiu.

Nk : Vou puxar o meu - falou fazendo toque com os meninos - Já comi, fofoquei agora tá na hora de trabalhar - veio até mim deixando um beijo na minha testa - Tchau patroinha - sorri e fiz toque com ele.

D2 : Eu também já tô indo - fez toque com o Gb - Tenho uns corre pra fazer - veio até mim repetindo o mesmo ato do Nk - Tchau coisa horrível.

- Tchau fiura - ele riu alto e saiu do quarto - Fecha a porta quando sair - gritei assim que ele desceu a escada.

Ouvi a porta da sala bater e soltei um riso nasalado, deitando no peito do Gb.

Gb : O que era que o D2 ia me falar no hospital que tu não deixou - revirei os olhos.

- Não era nada de mais - dei os ombros enquanto contornava a tatuagem no braço dele.

Gb : Tem certeza? - assenti - Vai me esconder mermo?

- Era sobre o Hg - ele fechou a cara - não começa.

Gb : Esse cara ainda tá vivo? - assenti - achei que tinha morrido naquele dia que foi baleado junto comigo.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora