- Victória 🐆
Acordo com o som maravilhoso do meu alarme as 06:00 da manhã.
- Que merda, posso nem sonhar em paz. - falo comigo mesmo.
Mas olhando pelo lado bom, eu não vou pra escola por que finalmente terminei meus estudos. Porém pelo lado ruim é que eu vou ter que ir trabalhar, pelo menos hoje é dia de pagamento.
Levanto da cama e pego minha toalha vou direto tomar banho, entrei no banheiro e liguei o chuveiro, entrei em baixo e fiquei pensando na vida.
Aquele momento reflexão!
Bem, tenho dezenove anos e terminei meus estudos no ano passado. Comecei a trabalhar aos quinze para ajudar minha mãe em casa.
Sempre fomos apenas eu e minha mãe, já que, infelizmente, meu pai decidiu ir comprar um maconha e nunca mais voltar. Dona Cristina teve que se desdobrar para trabalhar e cuidar de uma criança de três anos.
Conforme fui crescendo, percebi que era necessário contribuir e ajudar em casa. Aos quinze anos, comecei a trabalhar como atendente em uma padaria, onde recebia um salário que ajudava significativamente com as despesas de casa.
Trabalhei lá até meus dezessete, mas mesmo assim continuei focada nos meus estudos, nessa parte não tinha o que reclamar, sempre gostei de estudar então era uma boa aluna com notas altas, pro orgulho da minha coroa.
Nunca fui de ir em festa, baile, farra, meu negócio era estudar e trabalhar. Até por que mesmo que eu quisesse não tinha tempo para isso.
Minha personalidade é algo tranquilo, até alguém me estressa e falar mal do meu time, fora isso sou super da paz, odeio discussões e brigas. Pra mim tudo se resolve no diálogo, mas se precisar de um pouco de ignorância e deboche pode contar comigo que isso eu tenho de sobra.
Termino meu banho, vou para o quarto me vestir. Coloquei um conjunto de lingerie preto, uma calça jeans preta, a blusa do uniforme do salão onde trabalho, um tênis branco simples. Passo desodorante, creme de pele, perfume, um brilho nos lábios e, por último, minhas joias.
Não precisei finalizar o cabelo por que tinha finalizado ontem, então só ajeitei com um pouco de óleo e ficou perfeito como sempre, amo meus cachos, apesar de ser um trabalho enorme para cuidar.
Terminei de me arrumar, sai do quarto e fui direto para a cozinha preparar o meu café e o da minha mãe, que inclusive acabou de acorda. Termino de passar o café e pego dois pães coloco queijo e presunto, pego meu celular em cima do balcão e vou pra sala.
- Bom dia mãe! - falo assim que vejo ela vindo em direção a mim na sala.
Cris : Bom dia filha. - ela me dá um beijo na testa e vai em direção ao banheiro.
Minha casa não é um luxo, mas é apenas o necessário para me e minha mãe. Tem apenas seis cômodos, quintal e área da frente e particularmente amo esse lugar, graças a muito esforço a gente tem um teto para morar. Terminei de tomar meu café e sai da cozinha indo em direção ao banheiro escovar os dentes. Assim que finalizei minha higiene, ouvir meu celular tocar no bolso da calça, peguei o aparelho e avistei o nome da Tainá na tela.
Ligação on :
Tainá ; Bom dia amiga, tá pronta?
- Bom dia taizinha, estou sim, vou sair de casa agora.
Tainá ; tá bom, passa aqui em casa viu?!
- Tá Tainá eu vou passar ai
Tainá ; tchau, beijo.
- Beijos.
Desliguei a chamada e antes de sair de casa peguei a minha fiel companheira, minha bombinha. Comecei a produzir leite com dezeseis anos, minha mãe me levou em vários médicos e eles disseram que era normal e que eu poderia tomar remédios pra para de produzir, porém não aceitei para.
Sempre que posso ajudo um orfanato tem bebês que são entregues pelas " mães " assim que nasce, então 2 vezes na semana eu passo lá para amamentar aquelas fofuras. Minha mãe é ciente disso e ela me apoia, sempre fala que é uma atitude linda.
- Tchau mãe, já estou indo. Bom trabalho para a senhora, até mais tarde ‐ mandei beijo para a mesma.
Cris : Tchau filha pra você também, até mais tarde. - acenou e saí de casa fechando o portão.
Sai em direção a casa da Tainá, apesar dela morar de frente a minha, a mesma sempre me obriga a passar aqui para a gente ir juntos ao salão. Bati no portão e ela saiu toda sorridente, isso significa que teremos fofoca quentinha em plena segunda as sete e meia da manhã.
Tainá ; Amiga sabe aquele carinha que eu te falei? - franzi o cenho e olhei para ela que me olhava animada.
- Qual deles? Vc sempre fala de uns vinte carinhas diferente. - disse e ela deu risada
Tainá ; Não exagera também, não tenho culpa que aqui no morro tem alguns caras gostosos. - revirei os olhos
- E são todos envolvidos Tainá, não inventa moda a qualquer momento você perde esse cabelo que você diz tanto que ama - apontei.
Tainá ; Credo, no meu cabelo ninguém toca - segurou seu cabelão castanho escuro - Mas assim nenhum deles te chama a atenção? - perguntou curiosa e eu olhei incrédula pra ela.
- Que? Pelo amor de Deus né Tainá, eu não sinto atração por envolvidos e você sabe disso - a mesma sorriu nasalado.
Tainá ; Hum... nem pelo GB? - perguntou desconfiada e neguei.
- Faça mil favor né, lógico que não, você sabe que eu não me envolvo com bandidos, e vamos andar rápido jaja tem que abri o salão. - respondi querendo fugir do assunto.
Tainá ; Ai ai né, e você achando que me engana, um dia Viczinha você ainda vai pagar com a língua, vamos logo. - ela me olhou com um sorriso de deboche e fiz careta.
Fiquei calada, até por que não tem o que falar, o desgraçado realmente é gostoso. Porém eu não me envolvo com bandidos então não vai acontecer nada entre ele e eu, e nunca na vida irei me envolver e sem mais. Mesmo sabendo que nunca é bom falar " nunca "
Chegamos no salão e a Marcela já estava nos esperando, tadinha esperou tanto, a Tai é muito lerda pra andar e ainda por cima fica babando nos caras que são envolvidos.
Marcela ; Nossa, até que fim achei que tinham se perdido. - disse indignada.
Tainá ; Culpa da Vic, ela sempre foi lerda pra andar - falou terminando de destrancar as portas de vidro.
- Eu? Hoje você tá que tá em Tainazinha - disse dando um sorriso de lado e a mesma jogou o cabelo entrando no salão.
Marcela ; É melhor a gente ir cuida nos a fazer, jaja chega clientes pra fazer cabelo, unha e sobrancelha, e vocês aí nessa. - disse indo separar os produtos de cabelo.
Eu a Tainá e a Marcela trabalhamos aqui no salão desde o ano passado, somos praticamente o trio da auto estima das nossas clientes. Eu faço as unhas em gel e normal também, a Marcela faz os cabelos e a famosa Tainá faz as sobrancelha. É entra nesse salão e sair renovada...
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- beijos de luz.. ♡
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No complexo do Alemão
Fiksi Penggemar📍𝐂𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨 𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐞𝐦ã𝐨, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 +16| Victoria mora desde dos três anos de idade no alemão, ela sempre foi reservada, da paz e calma, os únicos lugares em que ela saía era de casa para escola da escola p...