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- Victória 🐆

Olhei pro D2 e o mesmo veio me abraçar, aquelas palavras tá destruindo meu coração.

Me afastei do Dan e fui até o Gb, ele se afastou da Natália limpando o rosto e me abraçou.

- É melhor a gente ir - sussurrei pra ele - quanto antes sair mais rápido a gente chega.

Ele não me disse nada, apenas se afastou indo pro banheiro lavar o rosto.

- Vamo lá pra baixo - chamei a Nat que negou - amiga...

Nat : Eu não quero ir - negou - eu não posso, eu não vou ter forças amiga - me abraçou.

Olhei pro Daniel e o mesmo deu os ombros, fiquei calada até por que não tenho o que falar.

É um momento difícil, chegar lá e praticamente se despedir é foda, tá doendo em mim, imagina neles.

O Gb saiu do banheiro e apenas olhou pra nós e saiu do quarto, me afastei da Nat e com a ajuda do D2 conseguimos levar ela até a garagem.

D2 : Vamo no meu - pegou a chave do carro e a gente assentiu entrando.

Fui no banco de trás com a Nat que só chorava e repetia várias vezes " minha mãe não " bem baixinho.

O clima dentro do carro tava horrível, Daniel e Gabriel nem se olhando tão, tenho medo que eles se afastem.

Em menos de 15 minutos chegamos no hospital, assim que saímos do carro a gente avistou o Preto, Talibã, Marcela e Tainá esperando a gente.

Caminhamos até eles e logo em seguida entramos no hospital indo direto pra recepção. Todos em silêncio, apenas choro era se ouvido, ver todo mundo assim dói de mais.

O médico se aproximou do Gb e da Nat e falou algo e eles assentiram e veio até mim.

Gb : Minha mãe quer te ver primeiro - fiquei meio sem reação - tem como ir lá? - perguntou baixo e eu assenti.

- Tem sim - olhei pro médico que me espera e eu o acompanhei.

Médico : pode entrar, não deixe ela se esforçar muito - assenti e entrei no quarto vendo ela deitada sorrindo pra mim.

Incrível que até aqui ela consegue manter o sorriso no rosto.

- Oi - me aproximei e ela sorriu fraquinho - a senhora quer falar comigo? - ela assentiu - pode falar.

Ruth : Eu quero que cuide do meu menino - sussurrou e meus olhos encheram de água - Eu sei que já deu minha hora aqui.

- Não fala isso... - sentei no banquinho e segurei a mão dela - vai fica tudo bem.

Ruth : Não vai meu amor - falou baixinho - meu corpo não aguenta mais e nem eu, mas quero deixar o Gabriel em boas mão.

- Ele tá - ela sorriu - eu vou cuidar dele dona Ruth pode ficar tranquila.

Ruth : Eu sei, vocês se gostam - fiquei calada - vai ser difícil lidar com ele, tenham um pouco de paciência.

- Difícil é pouco - sussurrei e ela sorriu - mas prometo ficar do lado dele a cada segundo.

Ruth : Obrigado - me aproximei deixando um beijo na testa dela - pede pra ele entrar junto com a Natália - assenti.

Levantei e fui até a porta, olhei de relance pra ela e a minha única reação foi chorar.

Eu espero que não falhe com essa promessa...

Saí do quarto indo pra recepção, assim que cheguei eles veio em minha direção.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora