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- Victória 🐆

Esperei os meninos descer a escada e me aproximei da porta do quarto.

Observei ele sentado na cama com o rosto inchado, os olhos vermelho, porra...

Fiquei parada perto da porta estralando meus dedo em puro nervoso, ele me olhou de cima a baixo parecendo me observar, assim que olhou fixo para o meu rosto o semblante dele mudou, como se tivesse chateado com ele mesmo.

Respirei fundo e criei coragem caminhando até ele bem de vagar, nem sei por que tô nervosa.

Ele levantou a mão e segurou meu braço me puxando logo pra cama e eu sentei do lado dele.

Poxa, ele chorou pra caralho, eu também, enfim dois fudidos.

Gb : Sentiu saudade e resolveu voltar? - falou com a voz rouca no tom brincalhão, sorri.

- Não, vim conversar - ele assentiu - Não quero deixar tudo como tá, tipo, nois dois sabe - falei desviando o olhar.

Gb : Tô ligado pô - olhei pra ele - Entendo teu lado de se afastar, se fosse eu no teu lugar também ia fazer isso - deu os ombros.

- Tu não tem nem um pouquinho de remorso? - ele negou e me olhou e sorriu.

Um olhar frio, um sorriso totalmente estranho, fiquei até arrepiada.

Gb : Eu sou bandido, já matei antes - deu os ombros - Esse foi só um pra lista - olhei incrédula pra ele.

- Como você consegue falar com tanta calma desse jeito? - ele deu os ombros - Poxa, era um vida...

Gb : Era - olhei pra ele - Você falou certo, era uma vida - neguei - Não sei por que tá defendendo tanto aquele defunto do caralho - falou bolado e eu levantei olhando pra ele.

- Por que foi por minha causa que ele morreu - senti meus olhos arde - Eu tô muito mal com isso e você nessa calma como se não tivesse acontecido nada.

Gb : Não foi sua culpa, não foi você que matou não tem por que tá assim - neguei - No papo, ele mereceu.

- Não ele não mereceu - ele cruzou os braços - Porra cara, custava conversar? Sem precisar de tal violência?

Gb : Tu esqueceu com quem se envolveu né? Tu esquece quem eu sou né? - neguei - Mais parece que sim, porra, tu é mulher de um bandido, tu ia esperar o que vindo da minha parte? - falou bolado - Que eu chamasse ele pra tomar um café e conversar numa boa? - fiquei calada - Só pra iniciar o papo, ele errou no momento que te olhou.

- Você não pode matar todo mundo que me olha por causa do seu ciúmes! - ele arqueou a sobrancelha.

Gb : E quem disse que não? - falou sério - Para de defender o filho da puta, ele merece e pronto - aumentou o tom - O cara já tinha cido avisado, mas ele tava procurando e achou.

- Não aumenta o tom comigo - ele bufou irritado - Você nem se arrepende?

Gb : Não! - sorriu - Eu faria de novo, e faço com qualquer um que te olhar da mesma forma - passei a não no rosto - Porra, tanta mulher nesse complexo e vem desejar a minha? Vai se foder cara, botou o olho no que é meu tem que ir pra casa do caralho mermo - sim, ele tá muito bolado.

- Não sou mais mulher de bandido - ele me olhou na hora - E  para de me tratar como se eu fosse tua propriedade.

Gb : Mas tu é - deu os ombros.

- É sério isso? - ele assentiu - Vai se lascar então - falei bolada - Não virei a porra de um objeto pra ser tratada desse jeito. Já te falei sobre isso e odeio quando você fala assim.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora