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- Victória 🐆

Saí da casa dele e vim direto pra da minha mãe, já cheguei agora tô aqui deitada na cama tomando um pote de açaí que meu pai comprou pra mim enquanto choro pensando nele.

É foda!

Ouvi alguém bater na porta e murmurei um " entra " e avistei o Lc e o D2 entrar.

- O que vocês quer? - falei chorosa.

Lc : Ver se tu tá viva - deu os ombros sentando na cama.

D2 : Passou por nós que nem furacão.

- Tô viva, podem ir - eles sorriram - Fazem um favor pra mim?

Lc : Fala aí - sentei na cama limpando o rosto.

- Tem como vocês ir lá? Tipo ver como ele tá?

D2 : E por que tu não vai? - olhei pra ele como se fosse óbvio.

- Não tem como voltar lá, não agora - me joguei na cama - Quebrem esse galho pra mim poxa.

Lc : você já tá querendo é a árvore toda - dei risada - ele nem da minha cara gosta, se eu aparece lá tu já sabe.

- Não é pra tanto, ele não iria fazer nada - eles me olharam - Tá, talvez.

D2 : Tô me sentindo culpado - suspirou - por ter falado ta ligado.

- Se você não tivesse falado, eu não ia saber nunca - falei chateada - Ele não ia me falar por tão cedo - limpei meu rosto - Parece que ele não confia em mim, ele faz as coisas e esconde.

D2 : Lembra da cocaína? - assenti - você descobriu, surtou e meteu o pé.

Lc : E foi isso que você fez de novo - desviei o olhar dele - Só que dessa vez o que ele fez foi pior.

D2 : Ele devia tá caçando coragem pra te contar - deu os ombros - eu só adiantei o processo. 

- Vai por mim, foi bem melhor ter descobrido agora - suspirei.

Lc : A gente vai lá - sentei na cama de novo - vamo falar com ele.

D2 : Mas mesmo assim vocês tem que conversar de novo, agora mais tranquilos pô - assenti - Fica tranquila e não fica se culpando.

- Foi culpa minha, tipo, foi por minha causa cara - ele negou.

Lc : Para de falar besteira - me abraçou - ele só não conseguiu se controla e fez o que fez.

D2 : Tamo indo - deixou um beijo na minha testa - Qualquer coisa me avisa.

- Tá, obrigado - ele sorriu saindo do quarto.

Voltei a tomar meu pote de açaí e chorar, tô me sentindo mal, muito mal.

Eu falei pra ele esquecer daquilo, porra não tinha necessidade nenhuma.

Grego : Tu não acha que tá na hora de levantar - apareceu na porta - Tu vai me falir desse jeito - apontou pro pote de açaí.

- Deixa eu sofre pai - ele deu risada - não tô vendo graça.

Grego : Se eu soubesse que tu ia sofrer tinha matado ele antes.

- Qual é pai, não tá ajudando - ele se aproximou tomando meu pote de açaí.

Grego : Quer sair? - neguei - Vai tomar um banho e a gente assiste algo.

- Não tô afim - ele bufou - me deixa aqui quetinha pensando no meu coração.

Grego : Mané coração, vai tomar um banho tá toda feia aí - olhei pra ele com deboche - A cara toda borrada do bagulho preto que passa no olho - deu risada.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora