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- Victória 🐆

Uma semana depois...

Tem uma semana que ele saiu do meu lado e já parece uma eternidade.

Depois que ele foi, recebi alta um dia depois. Fiz alguns exames e tá tudo bem com o Bê.

Fiquei aliviada, mas também com muito medo, não quero ter aquela sensação de quase perde meu filho novamente.

Como o Gb disse, assim que saí do hospital tinha um carro me esperando, era o Wl. Agora tô aqui no complexo da penha na casa do Wl e do Azevedo.

Pelo que o Preto me disse, meu pai tá conseguindo resolver metade dos problemas que envolve o tráfico e o morro, por um lado é bom, o morro tá voltando a ser seguro.

Mas a polícia continua atrás do Gb, e a cada dia que passa meu medo só aumenta.

Desde que ele foi a gente não se falou, ele não entrou em contato nenhuma vez. Tô mal, não vou mentir, mas se tá difícil pra mim, imagina pra ele que tá nessa situação toda.

Vou esperar, dure o tempo que for e custe o que custar eu vou esperar por ele, a gente ainda vai ser feliz juntos, ainda vamos ter paz.

As meninas voltaram pro alemão, elas passaram só alguns dias aqui e decidiram voltar. Eu também queria, sinto falta da minha casa, da minha mãe...

Mas acharam melhor eu ficar aqui até o Gb conseguir voltar, disseram que é pra não correr risco de tentar fazer algo comigo ou com o Bê.

- Tô com saudades do seu papai, sabia? - falei baixinho acariciando minha barriga e de imediato ele chutou.

Não dá pra negar, mas eu tenho medo dele não chegar a tempo, não ver o restante da gravidez, ou até mesmo ver o filho nascer, da os primeiros passos, falar as primeiras palavrinhas...

Suspirei sentindo as lágrimas descer pelo meu rosto.

Wl : Chorando de novo? - entrou no quarto.

- Caiu um cisco no meu olho - ele negou e se aproximou sentando na ponta da cama.

Wl : Nem tenta mentir, você é péssima nisso - sorri.

- Não precisa jogar na cara - ele sorriu - Ele não entrou em contato ainda?

Wl : Não - suspirei - Mas acho que em breve ele vai conseguir falar contigo.

- Para de me iludir, você fica colocando esperança de mais e eu não quero me decepcionar - ele negou.

Wl : Confia em mim pô - olhei pra ele - Tu ainda vai dizer que eu tô certo, assunta só.

- Ah nem começa - ele riu - Você é convencido pra caralho, e eu não vou admitir isso nem morta.

Wl : Ah vai sim - neguei - Jae bora ver então - fiz careta.

Olhei de relance pra porta e observei a Andressa entrar no quarto com uma bandeja.

Dressa : Comidinha pra minha gravidinha - sorri - Ah, e tem que comer tudo sim, ordem da Rosa - sorri e ela sentou na perna do Wl.

- Tô com muita fome não, mas vou comer - olhei o prato - Parece tá com uma cara boa - ela sorriu.

Dressa : É, eu que ajudei fazer - sorriu - Então tá maravilhoso esse macarrão - se gabou e o Wl deu risada - Por que você tá rindo?

Wl : Vic, se tiver doce - olhou pra ela - É por que ela trocou o sal pelo açúcar de novo.

- De novo? - ela sorriu fraco.

Dressa : Foi uma vez só, mas dessa vez tá gostoso - sorriu - Experimenta vai.

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora