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- Gb 🔥

Meu estresse voltou e voltou bem pior, puta que pariu, eu me estressei com nada mais e nada menos com a porra de uma barata. É o auge do ódio.

Além disse é muita coisa em cima, Victória passando mal toda hora, cargas confiscada, bope ameaçando invadir depois de tanto tempo longe, polícia querendo me prender.

Tô desde ontem  sem saber o que é pregar os olhos, tô plantado na boca mais os cria tentando resolver o k.o da carga.

Tentamos pela rota do Azevedo e mesmo assim os desgraçados conseguiram prender a carga, não só a minha como a do Azevedo também, só problema.

Sem contar que o morro tá sofrendo ameaças de ser pacíficado, coisa que nunca vai acontecer. E se acontecer espero estar morto pra não vê.

Preto : Pô mano, a gente não vai ter paz não - suspirou.

Talibã : Não tô entendendo porra nenhuma, a grana que você paga pra eles é muito alta - falou bolado.

Ah, a polícia se revoltou pro meu lado, agora tão fazendo de tudo pra tentar me prender ou até mesmo me matar.

Tô sentindo cheiro de caos, tiro, porrada e bomba.

E logo agora que a Victória tá grávida...

- Tem alguém por traz disso - falei sério - Eles não ia agir sozinho, não por contra própria.

D2 : Acha que tem alguem pagando mais que tu? - assenti - Quem?

Preto : Algum inimigo - assenti - Agora qual, fica difícil saber.

Inimigos do meu pai...

Talibã : Temos que resolver isso logo pô - olhei pra ele - Tainá tá gravida, Victória tá gravida, Marcela e Natália tão com filhos pequenos em casa...

Preto : Não vão jogar sujo usando nossos filhos contra nós.

- Contra mim - corrigi - E eles são capazes de fazer isso, tão pouco se fudendo se é família ou não.

D2 : E aí? Vamo fazer o que? - fiquei calado.

Eu não sei, pela primeira vez na vida tô totalmente perdido no que fazer e por onde começar.

Preto : Bora pensar em algo e senta pra conversar depois - levantou.

Talibã : Bagulho principal é focar pra não deixar o bope subir - concordamos - Agora não dá, posso morrer agora não - rimos.

- Vou mandar reforçar a segurança e armamento dos cria das entrada do morro, e fazer um toque de recolher até a poeira abaixar.

D2 : Cancela os bailes e qualquer pagode que tiver - assenti - Quanto menos gente na rua melhor, até por que nunca se sabe.

Talibã : Vou mandar espalha o toque de recolher pras sete da noite sem ninguém nas ruas e beco.

- Jae, se quiserem ir pra casa podem ir - eles se olharam - Eu termino tudo e logo depois eu vou.

Preto : Jae! Tamo indo então, qualquer coisa aciona - fiz toque com eles que foram embora logo depois.

Voltei a riscar alguns nomes no caderno e conferir o dinheiro.

Pelo menos nessa parte tá tudo ok, dinheiro tá rendendo pique água.

Acendi um baseado e fiquei marolando enquanto fazia a contagem do dinheiro. Quanto mais melhor, não aceito ficar pobre agora.

Tava terminando de contar as últimas notas do dinheiro quando um vapor abriu a porta da sala.

X1 : Aê chefe, tem uma mina querendo falar contigo tá ligado - assenti - manda entrar?

No complexo do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora