Cap 5

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 Após seu encontro com Mateo, Anne não o vê por alguns dias. O dia da festa chega, na companhia de sua mãe ela desfrutava seu desjejum.

— A equipe que contratei deve chegar daqui a uma hora. — comenta Olívia — Você pode começar a se arrumar antes de mim. — põe a xícara sobre o pires.

— Sem problemas, aguardarei no quarto. — Anne termina o suco rapidamente e se levanta.

— Ah, querida! — ela olha para sua mãe — Apenas seus convidados que confirmaram virão, certo? — Olívia leva o garfo à boca a olhando séria.

— Deseja saber se o Mateo vem? — Anne apoia as mãos sobre a cadeira — Não se preocupe, acredito que ficou bem claro que apenas convidados irão entrar.

Olívia lhe olha fixamente, notando a ironia da filha.

— Na próxima vez fale com antecedência, quem sabe ele não entra na lista? — ergue a xícara.

Anne se retira, chegando ao quarto se larga sobre a cama e alcança o celular, havia uma mensagem de Mateo.

"Espero que aproveite bem a festa hoje. Saudades!"

Sem demora, responde a ele com uma ligação. Deitado, com um livro, Mateo escuta o celular tocar. Olha na direção dele, percebe o nome de Anne na tela, rapidamente larga o livro e atende a jovem.

— Saudade de ouvir minha voz?

São suas primeiras palavras ao atender.

— Como você é convencido. — brinca ela — Quais os planos para hoje?

— Vamos assistir a um filme e você, animada para a grande noite? — do outro lado, ela suspira.

— Todo ano é sempre a mesma coisa, penso que por uma única vez iria gostar de fazer algo diferente.

— E o que poderia ser?

— Fugir, quem sabe!

Mateo sorrir com o que escuta, num momento de descontração brinca:

— Posso lhe ajudar, é só falar à hora que chegarei para sua fuga.

Naquele momento, aquela brincadeira parecia uma boa ideia, Anne não estava em clima para se socializar e estar com Mateo podia ser uma ótima opção.

— Ok, eu aceito. Às 20h vou está no portão lateral, te aguardando. — responde entusiasmada.

— Espera, o quê? — reage surpreso — Está falando sério?

Sentou-se apoiando melhor para ouvir a resposta dela.

— Sim, estou. Acho um saco ficar nesses lugares e já que você não vai poder vir, então vou para onde você estiver. — senta toda alegre na cama.

— Anne, isso pode não dar certo, se sua mãe souber...

Ela o interrompe:

— Sairei discretamente, ela pensará que me retirei para dormir ou qualquer coisa, amanhã invento uma desculpa.

— Para onde você quer fugir?

— Podia me levar para sua casa. — sorriu.

Mateo franze as sobrancelhas, olha ao seu redor e responde:

— Não sei se isso é uma boa ideia.

— Por favor, o que pode acontecer? Só por está com você já basta!

Sua doce voz acaba convencendo o rapaz.

— Ok, eu lhe trago até aqui.

Vincent se aproximava da porta do quarto do amigo, sem entender o que ele falava, esperou a ligação terminar.

Destino e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora