A prisão de Olívia foi um choque para todos que trabalhavam com ela, enquanto o carro de polícia sai da mansão, os funcionários cochichavam sobre o ocorrido, um misto de curiosidade e confusão se alastrou entre eles.
De braços cruzados nas escadas da entrada, Anne observava a saída de Olívia de sua casa.
— Então, o que acontece agora? — olha para seu advogado.
— Ela ficará detida essa noite na delegacia, terá direito a defesa, porém com as provas contra ela será quase impossível ser solta, em 48h deve ser transferida para a penitenciária e lá aguardar julgamento.
— É possível que aconteça logo?
— Acredito que muito em breve. Não se preocupe ela pagará pelos crimes cometidos. — pousou a mão em seu ombro.
— Isso é tudo que eu mais desejo.
— Vi que entre os documentos das provas havia documentação a respeito da empresa, como deseja prosseguir?
— Vou seguir o testamento que meu pai deixou, todos os acionistas precisam saber o que aconteceu e eu preciso tomar meu lugar de direito.
— Irei organizar tudo, quando quer que aconteça?
— Amanhã. Avise a todos imediatamente, pela manhã farei uma declaração pública na empresa. Conto com a presença de todos, de acionistas a funcionários. Já passou da hora de limpar qualquer marca deixada por ela.
— Certo, cuidarei dos detalhes. — eles se despedem.
Brian segue rumo à empresa. Ao olhar para a mansão Anne ver todos os funcionários parados na porta e janelas atento ao que acontecia, respirando fundo entrou.
— Poderia reunir todos, por favor. — pede a sua governanta.
— Como desejar!
Caminhando pela casa, Anne liga para Romeo.
— Então, aconteceu? Ela foi presa? — pergunta apreensivo.
— Sim! — suspirou — Enfim, esse pesadelo acabou, preciso de você. — senta na poltrona.
— Estou indo agora mesmo.
Ao desligar, ela nota que todos se aproximavam, funcionários antigos e recentes, olhou para cada um de maneira carinhosa. Sua governanta se aproxima e sussurra:
— Todos estão aqui, senhorita.
— Bom, sei que há muitas perguntas por isso chamei a todos. A partir de hoje Olívia não é mais a dona dessa casa, tão pouco continua sendo uma Miller. Uma boa parte de vocês trabalha aqui há anos, e os que estão desde o meu nascimento. — olha para a governante e pega em sua mão — Irá compreender o que vou falar agora. — pausou — Olívia não é minha mãe de sangue.
A revelação assusta os que não sabiam, a governanta e o cozinheiro que trabalhavam há décadas se entreolham ciente do assunto.
— Por anos acreditava ter uma família perfeita, porém, nada disso era real, antes do meu pai morrer ele me contou toda a verdade. — olha para a governanta — Enfim, fiquei sabendo minha verdadeira história.
Se aproximando, a governanta pousou a mão em seu ombro.
— Porém, há algo que vocês não sabem. — respirando fundo continua — Ela foi a culpada da morte da minha mãe Tereza.
Um misto de expressões surge nos rostos curiosos, olhos arregalados, pessoas boquiabertas se entreolhando.
— Por Deus! — esbraveja em pânico a governanta.
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Destino e Vingança
RomanceCom a morte de Enrico, Anne se tornou a herdeira do maior CEO de Nova York. A jovem pôde dizer que a vida foi boa e grata para ela. Diferente de Mateo, que precisou se virar em um mundo quebrando preconceitos e estereótipos. Como uma ironia do desti...