— Droga! — resmungou.
— O que foi? — notando a agitação dele, ela se aproxima.
— Vamos... atende! — andava nervoso.
Ligando novamente, a chamada cai na caixa-postal.
— Merda!
— O que aconteceu?
— A Charlotte precisa de ajuda. — ele vai para o quarto.
— Era só o que faltava, agora ela vai ficar aborrecendo? — ela o segue.
Trocando de roupa, Romeo coloca o casaco, senta na poltrona e põe o sapato.
— Onde você vai?
— Ela está precisando de ajuda.
— Não acredito que você vai cair nessa.
— Eu nunca a ouvi tão desesperada como estava, tenho certeza que não é mentira, você pode vir comigo.
Saindo às pressas, ele procura a chave do carro.
— Você não deveria ir. — reage chateada.
— Se não quiser ir okay, mas eu vou.
Ao pegar a chave do carro, sai batendo a porta deixando-a sozinha.
Irritada com aquilo, Anne acaba cedendo e o segue, por sorte o alcança. Tentando ligar novamente para Charlotte, se frustra ao cair na caixa-postal.
— Que droga, agora não consigo falar com ela.
Entrando no carro sai a mil em direção a casa dela.
— Afinal, o que ela falou?
— Ela estava chorando, pediu minha ajuda, falou para ir até à casa dela, nunca a vi tão agitada.
— Que conveniente, choro e um pedido para ir à casa dela. — Anne revira os olhos.
— Tenta ligar novamente. — ele entrega o celular.
Pegando o mesmo, ela o encara, porém, faz o que foi pedido.
— Nada, está desligado. Ela não tem outra pessoa para pedir ajuda não?
Ao falar aquilo ele lembra-se de Celine.
— Liga para o Wallace, a Celine pode saber de algo.
Anne tenta a nova ligação, porém é sem sucesso.
— Parece que todos decidiram desligar e sumir.
Preocupado, Romeo respira fundo, se aproximando do prédio dela, ele estaciona de maneira brusca o carro sobre a calçada.
— Vem, é aqui.
Os dois saem do carro, conseguindo entrar no prédio, ele sobe rapidamente para o apartamento, ao abrir o elevador corre em direção à porta dela.
— Está aberta. — franze a sobrancelha.
Puxando Anne para trás dele, ele empurra lentamente.
— Charlotte? — lhe chama ainda da porta.
— Estou aqui! — uma voz rouca ecoou do banheiro.
Os dois se entreolham e seguem até o cômodo, entrando no quarto à procura.
— Cadê você?
— Aqui dentro. — responde em prantos.
Passando a frente dele, Anne empurra a porta que estava entreaberta.
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Destino e Vingança
RomanceCom a morte de Enrico, Anne se tornou a herdeira do maior CEO de Nova York. A jovem pôde dizer que a vida foi boa e grata para ela. Diferente de Mateo, que precisou se virar em um mundo quebrando preconceitos e estereótipos. Como uma ironia do desti...