Após uma semana agitada, a empresa entrou nos trilhos com a nova CEO no comando. Depois da sua prisão, Olívia passou trinta e seis horas na delegacia até ser enviada para uma penitenciária estadual onde aguardava seu julgamento, tendo os recursos para aguardar em liberdade negado a megera vivia seus piores dias. Dormindo em celas frias sem conforto, as primeiras horas de derrota que passou foram cruéis para quem vivia do melhor luxo, ao chegar à penitenciária viu-se obrigada a dividir uma cela com outras três detentas. Tendo apenas o direito a um advogado público, sem dinheiro, ficou impossibilitada de escolher o melhor profissional. Após alguns dias da sua transferência, a megera recebeu a visita de um defensor público.
— Já era hora de vim aqui. — reclama ao entrar na sala.
— Vim assim que foi possível, sou Charles Smith. — estende sua mão para cumprimentar.
— Um advogado com um nome desse? — cruza os braços o encarando.
— Já estou vendo que a madame não entendeu o que está acontecendo. — coloca sobre a mesa algumas pastas e as abrem.
— Eu só ordeno que me tire logo desse muquifo, odeio esse lugar. — revira os olhos.
— Acho que isso vai demorar um pouco.
— Por que inferno estou aqui? O que aquela insuportável tem contra mim? — bate as mãos sobre a mesa em fúria.
— Creio que se lembra dos crimes que cometeu no início dos anos 90, pois bem! É por eles que você está aqui.
— Crimes? Sempre fui uma pessoa perfeita, não tenho essas manchas no meu passado. — revira os olhos e cruza os braços.
— Tereza Catarina e Jessie Elisabeth. Esses nomes são familiares para você?
Sem responder, Olívia o encarou furiosa.
— Pelo silêncio sabe bem quem são, esses documentos prova ligação direta sua nas mortes das duas. Pode até ter sido esperta no que realizou, mas não fez de maneira perfeita, além de tudo isso, existe gravação comprovando, câmera de segurança e um depoimento da Jessie antes de morrer, contanto exatamente o que aconteceu, quando empurrou ela da escada. Suponho que ficou confiante quando fez, porém para seu atual pesadelo ela não havia morrido.
— Deveria ter tocado fogo nela. — sussurra.
— Confirmar isso não ajuda em nada seu caso, com tudo o que tem contra você, serei sincero, é impossível conseguir sair livre, o que resta é tentar uma pena mínima.
— Quantos anos?
— De doze a quinze.
— Você só pode estar brincando comigo, você acha mesmo que uma mulher com meu poder aquisitivo ficará presa todo esse tempo?
— Que poder?
— Sou uma Miller. — ela riu — Lhe dou 24h para me tirar dessa merda, é bom dar um jeito.
— Você não é mais uma Miller. — rebate.
— Claro que sou, do que está falando?
— Acho bom você ler isso. — deslizou sobre a mesa uma cópia do testamento deixado por Enrico junto ao papel de divórcio.
Ao pegar os documentos e ler, tomada por fúria levanta-se empurrando a cadeira.
— Que merda é essa? Isso é um documento falso, eu tenho todos os verdadeiros. — rasga o papel.
— Não Olívia, isso é uma cópia do verdadeiro, o que você possuía não passava de falsificações. Antes de morrer o Mr. Miller revogou o testamento e com sua assinatura no divórcio tirou você de qualquer benefício.
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Destino e Vingança
RomanceCom a morte de Enrico, Anne se tornou a herdeira do maior CEO de Nova York. A jovem pôde dizer que a vida foi boa e grata para ela. Diferente de Mateo, que precisou se virar em um mundo quebrando preconceitos e estereótipos. Como uma ironia do desti...