Na penitenciária, Olívia enfrentava nossas inimizades. Devido a um travesseiro uma das detentas que divide a cela com a megera acabou lhe machucando, após tanto tempo no comando de tudo, Olívia se via diante de valentonas sem escrúpulos, fria e sem sentimentos, naquele ambiente a regra era clara, viver ou morrer.
No refeitório, sentada sozinha, a megera almoçava. Seu rosto machucado, um olho roxo e um corte na boca foram a marca que a briga havia deixado. Após aqueles dias de inferno, a ex-CEO já não era mais a mesma, seu cabelo se encontrava amarrado em um coque mal-feito, sua pele apresentava os primeiros sinais de ressecamento, as pálpebras inferiores escurecidas, mostrava as noites mal dormidas da antiga rainha.
— Hey madame! — uma das detentas da cela ao lado se aproxima dela.
Sem tirar o olhar da comida, Olívia continua imóvel, sentando na frente dela, a mulher lhe encara.
— Fiquei sabendo da sua briga, belas marcas. — riu — Achei corajosa de sua parte desafiar a Montanha, ninguém tem coragem para essa loucura.
— Eu não desafiei ninguém, apenas tentei pegar o travesseiro que era meu por direito. — continuando de cabeça baixa evitar o contato com o olhar.
— Vou lhe dar uma dica, ela já é bicho velho nisso, volta aqui todas às vezes que consegue liberdade, da própria é melhor não pegar nada.
Irritada ergue a cabeça, olhando fixamente para a detenta responde:
— Se ela pegar meu travesseiro de novo, vou pegá-lo de volta.
Sentindo o tom de autoridade a detenta cai em uma gargalhada escandalosa.
— Você é maluca em, acho bom maneirar essa audácia, na prisão as coisas são diferentes. — saindo da mesa empurra a bandeja contra a dela.
Derrubando seu suco, Olívia trava a mandíbula tentando controlar sua raiva, respira fundo e se levanta. Voltando para a cela deita na cama de baixo do beliche, com o olhar em fúria murmurou:
— Preciso sair desse inferno.
Na manhã da primeira audiência Anne estava eufórica, nervosa com o que poderia acontecer, tentava se manter confiante, havia tirado o dia para ficar em casa, lendo na esperança do tempo passar, mas rápido é interrompida pela chamada de Romeo.
— Oie!
— É hoje! — vibra animado.
— Sim, não vejo a hora disso enfim acabar. Como você está?
— Com saudade. — suspirou — Queria estar contigo.
— Eu sei, queria você aqui também, mas você precisava ficar aí, como estão as coisas?
— Tudo normal, Charlotte está mais animada, decidiu que voltará para casa amanhã.
— Ela vai ficar bem sozinha?
— Acredito que sim, buscamos algumas coisas e ela já se sentia melhor, mas falei que poderia ficar o tempo que fosse aqui.
— Que bom que tudo está bem.
Sem notar que estava em ligação, Brian entra na biblioteca.
— Querido, preciso desligar, o advogado acabou de chegar, vamos nos preparar para sair.
— Claro, me liga assim que terminar.
— Não se preocupe, te amo.
— Eu também!
Desligando a chamada ela se aproxima eufórica dele.
— Mal dormi essa noite.
— Imagino. Bem, esses são os possíveis argumentos que o advogado de defesa irá apresentar, espero que ele não chegue com nenhuma surpresa. — sobre a mesa coloca alguns documentos.
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Destino e Vingança
RomanceCom a morte de Enrico, Anne se tornou a herdeira do maior CEO de Nova York. A jovem pôde dizer que a vida foi boa e grata para ela. Diferente de Mateo, que precisou se virar em um mundo quebrando preconceitos e estereótipos. Como uma ironia do desti...