Dois dias após voltar para Nova York Anne recebe a visita do seu advogado na empresa.
— Tive informações da prisão.
— Preciso mesmo saber? — encarou.
— Olivia foi morta.
Anne congelou. Mesmo odiando ela, aquela notícia lhe pegou de surpresa.
— Como assim? Tem certeza?
— Sim. Não foi avisado a família, porque lá não constava parentesco, no entanto o diretor que sabia do caso me conhecia, foi ele que falou.
— Como aconteceu?
— Briga. Ela já havia arrumado problemas antes, passou um tempo na solitária mas a outra detenta não deixou por menos.
— Quando foi?
— Há alguns dias, ela já foi enterrada.
— Filha da puta. — suspirou — Conseguiu se livrar da própria pena.
— Ela foi morta de maneira brutal.
— Eu deveria ter pena por saber disso?
— Sei que você não é como ela tão ruim ao ponto de ficar bem com isso.
— Claro que não, a justiça tinha que acontecer com ela pagando em vida, não morta. — suspirou — Era só isso?
Brian levanta se retirando da sala.
— Obrigada por ter informado.
Ele assentiu, fechando a porta ela ficou só.
Da sua cadeira, Anne conseguia ver todo escritório, olhando a placa de CEO sobre a mesa, se deu conta que pela primeira vez estava sozinha. Sem Romeo ao seu lado, e agora com a morte de Olívia, sentiu uma solidão ainda não vivenciada antes. Alcançando o celular, buscou um nome em sua agenda, encontrando ligou para o número.
— Anne!
Sua amiga Camille atende.
— Hey, como você está?
— Surpresa com sua ligação, há quanto tempo.
— Pois é, minha vida estava muito corrida, ainda pela Europa?
— Sim, e sem previsão de quando voltar. Você poderia me visitar o que acha?
Pensativa Anne silenciou por alguns segundos.
— Pode ser uma boa, quero te ver.
— Excelente.
Seguindo com a chamada, a CEO tentava se reconectar com seu passado, já que havia perdido muito do seu presente.
Voltando seu foco na empresa, Romeo buscava recuperar o tempo que estava longe.
— Olha você, voltou com tudo mesmo.
Wallace se encosta na porta da sala dele.
— Agora voltei concentrado.
— O marketing precisa da nossa aprovação nos novos projetos.
— Pode avisar que irei ver assim que terminar aqui.
Entrando da sala, fechou a porta. Sentando diante dele, o amigo o fitou sério.
— Que cara é essa? — Romeo o encarou.
— A história teve mesmo um fim?
Apoiando-se na cadeira ele suspirou.
— Fomos até onde dava, foi preciso chegar ao fim.
— E agora?
— Já reiniciei minha vida.
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Destino e Vingança
RomanceCom a morte de Enrico, Anne se tornou a herdeira do maior CEO de Nova York. A jovem pôde dizer que a vida foi boa e grata para ela. Diferente de Mateo, que precisou se virar em um mundo quebrando preconceitos e estereótipos. Como uma ironia do desti...