𝔰𝔢𝔯𝔞𝔱𝔞 𝔭𝔦𝔷𝔷𝔞𝔦𝔬𝔩𝔬

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Noite da pizza.

Luna Biancchi

Confesso que não esperava encontrá-lo no Victoria's pela manhã, não sei se ficava feliz pelo encontro ou brava por ele ter a audácia de insinuar que eu traí Oliver, meu suposto namorado.

Mas gostei de saber que de alguma forma isso mexeu com ele, assim como minha ida para casa pela manhã - mesmo que não tenha sido proposital.

Meu domingo havia sido normal, almocei com Kenia e minha amiga ficou super empolgada comigo e Harry dizendo que eu deveria me abrir para o novo, minha resposta foi que era hipocrisia da parte dela já que ela não se prendia à homem nenhum. Coitado desse Liam.

E até me esqueci pelo real motivo que estou aqui no Victoria's ao ver aqueles lindos olhos verdes brilhando com a luz do sol, Sr. Smith - meu querido chefe - me liberou das patrulhas para me dedicar ao caso de investigação e aqui estou com Oliver, meu parceiro de caso.

Sentando-me na mesa com Oliver sinto seu olhar desconfiado sobre mim.

— Já fiz os pedidos, Lu. – assenti enquanto tirava meu macbook da bolsa para começarmos as pesquisas. — Quem era aquele cara?

— Já te falei, Oli. Um conhecido de Kenia.

— Não gostei dele. — diz emburrado.

— Sério isso? – pergunto sem acreditar.

— Sei lá, algo nele me é estranho. Não sinto boa coisa. – dá de ombros — Faro policial, talvez.

— É pelas tatuagens? Julgando pela aparência, hm?

— Deixa para lá. – diz negando e solta uma risada nasal. — Bom, reuni os únicos documentos e provas que restaram das da sua avó. O incêndio levou quase tudo.

— Deixe-me dar uma olhada. – pego de Oliver ouvindo um baixo "claro" e começo a folhear as páginas do caderno velho.

Tinham algumas matérias de jornais e a letra da minha avó que escrevia cada informação descoberta por ela ali. Algumas páginas estavam grudadas por conta do tempo e do incêndio, incêndio no qual vovó morreu. Foi cruel.

Infelizmente não havia nenhuma informação plausível ali, parece que aquele foi um dos primeiros, do começo da investigação de vovó. Imagino que os detalhes mais valiosos foram perdidos no incêndio.

— Parece que é impossível achar rastros deles. Como eles conseguem mover tanta droga no anonimato? Não tem nenhum vazamento de rosto, mãos, nada! – digo indignada, parece que essa será uma tarefa mais complicada do que imaginei.

— Provavelmente lavagem de dinheiro, as vezes é algum empresário conhecido e nem sabemos. Tudo é muito bem pensado para que continuem em completo anonimato. — Oliver diz. — Lu, geralmente quadrilhas pagam policiais para manterem a boca fechada, então peço que não comente nada sobre o caso com ninguém, nem mesmo do trabalho. Infelizmente não temos como saber quem está jogando dos dois lados.

— Claro, claro. – digo ainda um pouco atordoada e continuo lendo algumas páginas. — dá uma olhada aqui Oli, minha avó sempre me falou muito sobre isso, padrões de repetição. Muitos criminosos tem meio que manias, e repetem padrões em seus crimes, podemos olhar noticiários mais recentes sobre o tráfico de drogas e procurar algum padrão.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora