𝔠𝔥𝔦 𝔢 𝔩𝔲𝔦?

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Quem é ele?

Harry Styles

É inegável o fato de que Luna está começando a sentir algo por mim, e ao mesmo tempo que o fato me deixa prestes à soltar fogos de artifícios de tanta felicidade, me preocupa o fato de quanto maior o sentimento maior a queda.

Embora dê para perceber que Luna foge o máximo possível de sentimentos e de um relacionamento, mais questionamentos rondam minha cabeça nesse momento.

Talvez pela perda drástica de sua avó, ou a mudança para Los Angeles tenha esfriado seu coração.

No momento em que Luna deixou a cozinha para pegar o vinho para o jantar, sua mãe preocupada, me pediu por favor para não deixar Luna sozinha no dia dezenove de abril, já que a mesma não poderia estar em Los Angeles com a filha, pediu que eu o fizesse porquê Luna tinha a tendência de se isolar nessa data.

Maldito seja meu pai e seus comparsas de merda por terem criado toda essa situação, embora eu me lembre bem de que essa não era a intenção inicial do mesmo, não era a intenção mexer no vespeiro que Rosa estava inserida, e sim queimar as provas que tinha contra ele até então.

Pude ouvir um pouco de sua conversa com sua mãe - sem querer - ouvindo a mesma dizer que Luna era muito machucada, eu queria saber o porquê, queria fazer tantas perguntas e descobrir tudo sobre ela, mas eu respeitava seu tempo e espaço.

Sei que aos poucos e em seu tempo Luna se abriria sentimentalmente para mim, assim como por mais filho da puta que eu seja, também me abro com ela, aos poucos.

Até porquê ela é o tipo de pessoa que deixa qualquer um confortável ao seu lado, e é assim que me sinto.

Sofia é incrível e encantadora, como a filha, e é lindo de ver a relação de ambas, o que me faz resgatar dentro de mim um pinguinho de esperança de um dia conseguir me acertar com a minha mãe, se é que temos o que acertar.

Essa noite, não poderia dormir mais feliz sabendo que Luna tem sentimentos por mim além do tesão, e não foi preciso que ela dissesse nada, nosso momento no gramado deixou claro, a forma que ela me olhava me fez ter essa certeza, sua confissão em seguida mais ainda, é claro que fingi que não estava percebendo para não deixá-la sem graça, mas eu estava adorando toda atenção de seus olhos cor de mel em mim.

Toda vez que Luna me fala sobre lar, me vem à imagem de minha mãe e minha irmãzinha à cabeça, pessoas que querem meu bem e que realmente gostam de mim apesar das minhas merdas, em seguida me vem Luna e seu sorriso largo e seus olhinhos esmagados de tanto sorrir.

Talvez eu já tenha meu lugar no mundo, mas por conta da minha merda de vida, não seja um lar, talvez um aluguel... E por mais que eu queira resolver tudo, não posso, sinto que meu destino já está escrito e será esse.

Na manhã seguinte, acordo com o barulho do chuveiro da suíte de Luna, coço os olhos e checo as horas no meu celular, vendo que ainda era cedo, sete da manhã.

Me espreguiço na cama e penso na noite incrível que tivemos juntos, não uma noite repleta de sexo e prazer, mas repleta de carinho sincero e recíproco e uma conchinha antes de dormir.

Se alguém me dissesse há alguns meses atrás que eu estaria nessa situação agora eu gargalharia bem alto e mandaria a pessoa se foder, porém, cá estou, na casa da mãe da mulher que estou apaixonado, esperando-a sair do banho e pensando no nosso passeio pela Itália pela manhã.

É, um fodido mesmo.

Ao perceber o cessar do barulho da água do chuveiro, me ajeito na cama para fingir que ainda estou dormindo, fecho os olhos de pressa ao ouvir a porta do banheiro sendo delicadamente aberta.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora