𝔞𝔠𝔠𝔢𝔱𝔱𝔦?

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Você aceita?

Luna Biancchi

Agoniada, eu andava de um lado para o outro pela sala, porquê Harry simplesmente não me atendia e nem respondia nenhuma das minhas mensagens, eu estava muito preocupada com o britânico nas ruas italianas, por mais que minha mãe tentasse me acalmar com suas palavras doces, estava quase impossível permanecer sã.

E foi nessa circunstância que conheci Roberto, que parecia ser tão doce quanto minha mãe, sendo cordial e gentil comigo durante todo o tempo, além de que ele parecia gostar mesmo de mamãe, era nítido apenas pela forma que ele a olhava.

Aos poucos minha mãe conseguiu me acalmar e me convencer de que Harry poderia estar chegando, que em um domingo ensolarado o mercado poderia estar cheio ou até mesmo não encontrava táxis para voltar para casa.

E apesar da angústia e preocupação permanecerem em meu peito, me sentei com os pombinhos para almoçarmos, o almoço aconteceu no jardim, as árvores e plantas deixavam o local mais fresco, já que o calor era considerável.

Não tive escolha, a não ser esperar o britânico chegar e e quem sabe deva dar uma bronca nele, ou até um sermão para não sair avoado assim sozinho em um lugar desconhecido por ele, poderia ter me chamado!

As conversas com Sofia e Roberto conseguiram me distrair, e o suco de maracujá também ajudou a acalmar meus nervos.

Quase duas horas depois Harry chega, com a maior tranquilidade e despreocupação no olhar, minha vontade era de voar nele ao mesmo tempo que eu queria abraçá-lo e agradecer aos céus por estar tudo bem.

Um misto de sentimentos.

E como eu imaginei, ele havia se perdido, também, como não? Com o celular descarregado não conseguiria sequer olhar o gps ou chamar um carro de aplicativo.

Coitado!

Mas o alívio ao vê-lo falou mais alto do que a raiva e preocupação, então finalmente pude relaxar de verdade.

Ficamos todos jogando conversa fora no jardim, até que Roberto e mamãe entraram para descansar e se arrumar para o tal aniversário que iriam, e Harry me ajudou a organizar a cozinha e o jardim, já que ambos já haviam tido todo o trabalho pré-almoço, nada mais justo.

Gostava de ver o quão confortável e despreocupado Harry parecia estar aqui, ele parecia sentir a mesma paz que eu, e era gostoso vê-lo assim.

Ao terminarmos de organizar tudo, preparei uma caipirinha de limão para nós, do jeito que Camila - minha amiga brasileira - me ensinou.

Estava incrível!

Estava achando engraçado as tentativas falhas do britânico de falar corretamente a palavra, tal como eu, quando fui apresentada à bebida por Camila.

Até Oliver me ligar.

— Olá, Oliver. Tudo bem?

— Não acredito que está fazendo isso! – diz indignado do outro lado da linha.

— Isso o que?

— Você vai se arrepender Luna, porra, eu estou te avisando. Eu sou seu amigo e quero seu bem!

— Não estou entendendo. – digo já sabendo para que lado essa conversa nos levaria.

— Não acredito que ele está na Itália com você.

— Qual o problema?

— O problema é que tem algo de muito errado com ele, muito! – diz convicto.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora