𝔰𝔲𝔩𝔩𝔢 𝔠𝔞𝔰𝔢

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Sobre lares.

Luna Biancchi

Finalmente no meu lar, Florença! Felizmente tivemos um vôo tranquilo e sem nenhuma turbulência, nos fazendo chegar o quanto antes no meu país. Bom, uma única turbulência aconteceu, mas essa foi entre eu e o britânico no banheiro daquele avião, não sou nenhuma expert do sexo mas já me aventurei em diversos lugares, mas no banheiro de um avião foi minha primeira vez.

E claro, tinha que ser com Harry.

A saudade do corpo um do outro, do cheiro, dos beijos, era completamente paupável, e eram apenas sete dias separados entre conversas por mensagens e FaceTime.

O banheiro do avião se tornou pequeno diante de todos meus pensamentos do que gostaria de fazer ali mesmo.

Ou até mesmo no banheiro do meu quarto.

Lar.

Gostaria de saber onde é o lar de Harry.

Bom, ou quem. Lar não precisa necessariamente ser um lugar, lar pode ser uma pessoa, uma lembrança ou até mesmo uma música, quero ajudá-lo de alguma forma a encontrar o seu lugar no mundo para chamar de lar.

Lar para mim também é o abraço da minha mãe, um abraço casa, com cheiro de mãe e recheado de saudades, como sinto falta dela em Las Vegas! Mas consigo empurrar com a barriga toda essa saudade devido meu esgotamento físico e mental.

Não precisa nem dizer que minha mãe adorou eu ter trazido Harry para casa, quer dizer, a forma que ela o abraçou, tão feliz e empolgada principalmente pelo fato de enxergar a possibilidade de um relacionamento entre nós dois.

Fala sério!

Relacionamento sério, ora... Uma amizade especial é o suficiente para mim, uma amizade em que Harry não tira as mãos de mim um segundo, e as vezes nem se dá conta, talvez toque físico seja a linguagem de amor do Harry, ele não solta minha mão nenhum segundo, sempre faz questão de estar grudado e eu confesso que gosto de todo esse calor humano que ele me transmite.

Minha linguagem de amor? Talvez tempo de qualidade, sou o tipo de pessoa que ama estar perto mesmo que seja para fazer absolutamente nada juntos.

Mas confesso que amo cada toque que o Styles faz questão de proporcionar, em todos os momentos.

Não importa onde ou quem esteja nos assistindo, ele só transmite carinho através de cada pequeno toque, que é tão natural que acredito que há momentos que nem ele mesmo percebe.

Durante o banho fiquei deveras preocupada se estraguei nossa amizade trazendo-o para conhecer minha mãe, ele estava tão distante... mas com um pouco de "paciência" consegui trazê-lo de volta a órbita, mas quem quase ficou distante fui eu, pensando no que mais poderíamos fazer naquele chuveiro, ainda mais depois da informação que obtive de que o britânico gozou pensando na foto que mandei no banho, juro que não foi nada maldoso, mas não o julgo, sinto a mesma proporção de tesão por ele, independente do que ele esteja fazendo, o mesmo exala sensualidade o tempo inteiro e temos uma química fora do comum.

Me visto rapidamente no quarto com uma roupa confortável e fresquinha, já que o calor estava absurdo - não sei se pelo fato ocorrido há minutos atrás no banho ou pelo clima do verão italiano - e desembaraço meu cabelo deixando-o secar naturalmente.

Desço as escadas numa velocidade luz e corro para cozinha encontrando mamãe terminando de pôr a mesa, abraço-a por trás dando um leve susto na mesma, que deu um pulinho e uma risada.

— Você faz tanta falta nessa casa , filha, fica vazia sem você. – diz terminando de colocar as taças na mesa.

— Também sinto falta, dona Sofia.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora