𝔪𝔬𝔫𝔡𝔦 𝔡𝔦𝔳𝔢𝔯𝔰𝔦

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Mundos diferentes.

Luna Biancchi

Nossa manhã de trabalho passou um tanto quanto monótona e não era bem isso que eu imaginava quando finalmente fosse trabalhar com casos mais difíceis.

Mas tudo em seu tempo.

Estava sentindo um clima estranho entre Oliver e eu e não entendo o porquê. Talvez pela tensão do trabalho.

Até agora era isso que tínhamos: A entrada do pedido de uma ordem judicial para acessar os sistemas de empresas e comércios que poderiam estar lavando dinheiro.

A melhor forma que encontramos em trabalhar para achar esse cara era filtrando todas as possibilidades até chegar nele.

E sinceramente acho uma palhaçada isso de esperar a liberação judicial, porque qualquer juíz de merda pode estar sendo pago para ficar quieto.

Além disso, tínhamos também uma festa universitária na sexta feira que meu dom de comunicação conseguiu os nomes na lista para nós, viva!

Oliver não aceita almoçar comigo e vai embora um pouco emburrado, então passo a tarde lendo as antigas anotações de vovó tentando montar esse quebra cabeça e descobrir uma pista mínima que seja.

Não deixo de mandar uma mensagem para minha amiga reclamando - e agradecendo - a brincadeira de mal gosto de Kenia e Liam sobre a noite de pizza. Esses dois se merecem.

Durante a noite Harry me manda mensagem - coisa que ele não havia feito até então - pedindo para me ligar por FaceTime, estranho no começo mas aceito. Ficamos alguns longos minutos conversando e rindo sobre bobagens e assim se passaram os dias. O trabalho me manteve ocupada, já que por falta de informações eu voltei para as patrulhas enquanto o caso não está tão para frente e imagino que Harry também esteja ocupado, já que nos falávamos pouco.
Quinta feira pela manhã, Harry me disse que estava indo para Nova Iorque à negócios, fico feliz por ele está expandindo o cassino, mas sinto uma sensação estranha.

E agora à noite estou me arrumando para jantar com Kenia, marcamos em um restaurante mexicano que amamos.

A noite hoje estava estranhamente fria então decido colocar um vestido preto tubinho, junto à uma meia calça da mesma cor, e botas de cano longo bege para contrastarem com o resto do look. Visto uma jaqueta de couro, também preta e sigo ao meu destino, vejo que minha amiga já me espera com suas lindas roupas coloridas assim que entro no restaurante.

— Kenny! – abraço-a. — Me trocou pelo Liam na cara dura, nem me liga mais. – faço drama.

— Você me troca sempre pelo trabalho e eu não reclamo. – diz sarcástica e eu reviro os olhos. — Mas amiga, que homem grudento é esse? Nos conhecemos há poucos dias e ele grudou.

— Foi o chá, amiga. – digo após uma gargalhada alta. — Britânicos amam chá. – e rimos juntas.

Nos calamos quando o garçom chega e fazemos nosso pedido.

— Ele é ótimo, mas você me conhece, não duro muito tempo com ninguém. – Kenny diz após o garçom se retirar.

— Só ter responsabilidade afetiva e ser sincera Kenny, se bem que Liam não parece ser do tipo que busca um romance. Vocês estão se curtindo e isso é bom.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora