𝔳𝔲𝔩𝔫𝔢𝔯𝔞𝔟𝔦𝔩𝔢

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Vulnerável.

"I woke up in tears, with you by my side
A breath of relief, and I realized
No, we're not promised tomorrow
So I'm gonna love you like I'm gonna lose you
I'm gonna hold you, like I'm saying goodbye
Wherever we're standing, I won't take you for granted
'Cause we'll never know when
When we'll run out of time
So I'm gonna love you, like I'm gonna lose you"
- Like I'm Gonna Lose You
Meghan Trainior feat. John Legend

⚠️tw: capítulo pode conter gatilho
- crise de ansiedade

Harry Styles

Era inarrável o prazer de estar ali com ela, hora enrolados numa cama bagunçada proporcionando prazer um para o outro, outra hora no mar, nadando juntos e imersos naquela água gelada e toda paz que nos cercava, hora dividindo histórias e conversando aleatoriedades sobre a vida.

Era nosso segundo dia aqui, e penúltimo também, o tempo passava tão rápido e o fato de estarmos sem sinal e completamente desconectados do mundo afora me fazia esquecer toda merda que nos cercava, mesmo que Luna não fizesse ideia disso.

Eu queria prolongar esse momento, eu estava amando-a como se fosse perdê-la, estava aproveitando todos momentos como se fossem os últimos porque nunca sei quando realmente será, e o fato de estarmos sem sinal e sem notícias me preocupa por não saber o que aquele Oliver está arrumando, tudo pode acabar à qualquer momento.

Tento ignorar tudo isso e continuar aproveitando cada momento sem pensar no depois, admirar Luna cada dia mais dourada, admira-lá mergulhando e admirando os peixinhos que havia visto pelo mar.

Admira-la fazendo piadas e me fazendo companhia na cozinha.

Admira-la.

Adora-la.

E modéstia à parte, eu fazia isso com maestria, na cama e em todos os momentos juntos, sempre que eu puder lembrá-la, lembrarei o quanto é adorada.

Nossa última noite foi incrível, era uma pena termos que sair do universo que criamos para nós, iríamos embora amanhã à tarde, quarta feira.

Guardaria para sempre comigo todas recordações e fotos que fiz questão de tirar de Luna, em todos os momentos.

A italiana parecia não se importar, e eu menos ainda, já que para mim era uma musa a ser admirada.

Bebemos muito vinho, fizemos sexo em cada canto dessa lancha, marcando-a como nossa.

Parecia estar tudo perfeito, Luna dormia e ressoava baixinho em meus braços, seu cabelo loiro espalhado pelo travesseiro e seu cheiro espalhado no edredom e em meu corpo também, até um pesadelo me atingir em cheio.

Era tudo muito escuro, e eu escutava uma risada alta e ensurdecedora, uma risada conhecida e temida por mim.

Era meu pai.

Ele ria sem parar, uma gargalhada estridente, me fazendo andar em direção de onde o som vinha, mas a escuridão não me deixava enxergar nada, era apenas o vazio e a frieza de sua risada irônica.

Até que ela apareceu.

Luna permanecia parada, seus olhos derramavam lágrimas sem parar, me encarava perplexa, parada no meio da escuridão.

Eu tentava caminhar até ela mas não saia do lugar, era como se estivesse preso.

Um grito por seu nome também preso em minha garganta.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora