𝔢𝔤𝔬𝔦𝔰𝔱𝔞 𝔩𝔬 𝔰𝔬

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Egoísta, eu sei.

Luna Biancchi

Apesar da insistência de Harry para que eu dormisse em sua casa, fui embora poucas horas depois de jantarmos.

Percebi que Harry estava tão aéreo e eu queria muito saber o que passava por sua cabecinha em alguns momentos, ele parece lutar muito para não se abrir completamente e eu não gosto nada disso.

Acordo na manhã seguinte animada para o trabalho, tomo um café da manhã reforçado e dirijo feliz cantarolando uma música qualquer, até a delegacia.

Entro cumprimentando alguns policiais conhecidos e sigo para a sala do Sr. Smith.

— Bom dia, Biancchi! – diz meu chefe após liberar minha entrada com um sorriso grande no rosto. — Estou orgulhoso, menina! Trouxe o pen drive?

— Obrigada, Sr! Aqui está. – digo entregando o pen drive da gravação com a prova do crime de Hamilton e em seguida explico exatamente onde fica o porão com as drogas para os policiais que iriam averiguar o local.

Após meus colegas de trabalho deixarem a sala, meu chefe pede para que eu fique e assim o faço.

— Precisamos do depoimento do Hamilton, e você ficará encarregada em conversar com ele, ok?

— Claro!

— Imagino que com a raiva que está de você ele consiga se abrir muito mais.

— Com certeza, como está a mão dele? – pergunto me recordando do tiro que o mesmo levou - por mim.

— Não foi nada, em breve estará novo em folha, está tudo bem, vamos? – meu chefe abre a porta e me dá espaço para passar, seguimos juntos para sala de depoimento no qual Hamilton já estava sentado algemado com dois policiais em sua volta para depor.

— Hamilton Perez, acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, documentação falsa e mais o que teremos a honra de adicionar em sua lista? – diz meu chefe entrando na sala antes de mim e vejo Hamilton apenas revirando os olhos.

— Eu já disse que é tudo um mal entendido e só falo na presença de meu advogado.

— Mal entendido? – digo entrando na sala e o mesmo me encara com ódio nos olhos.

— Você? Sua loirinha de merda. – diz agressivo.

— Bom dia, Sr. Hamilton, eu não estava brincando quando disse que o senhor estava preso. – digo irônica me sentando em sua frente.

— Sua vagabunda! – grita tentando vir em minha direção mas os polícias o contém.

— Vamos adicionar desacato à autoridade em sua lista de crimes, o que acha? Ficar mais uns anos preso por essas ofensas gratuitas que não mudam nada na merda da sua vida. – digo dura e o mesmo só me encara com mais ódio. — Ou, quem sabe, você pode ganhar um bônus conosco e podemos diminuir sua pena se colaborar com algumas informações que precisamos. – dou um sorriso falso em sua direção.

— Você está blefando.

— Sou muito honesta com meu trabalho e leal ao que prometo.

dangerous love | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora