Capítulo 10| Regras

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§ Lolite Ophelia §

Ω

Ele é realmente assustador e gosta de me ameaçar, porém fica me carregando no colo e agora passou pomada nos meus machucados. - que fiz por culpa dele mesmo.

Eblis já havia terminado de passar a pomada, então a fechou e guardou, voltando a se sentar na poltrona. Ele cruzou a perna e me olhou.

- Vamos direto ao assunto. - disse sério.

Se ele fizer outra piada, a pantufa vai voar de novo. - franzi o cenho.

- Regras. - falou, me fazendo erguer a sombrancelha.

- Regras? Como assim? - perguntei, ajeitando minha postura.

- Você está em minhas mãos agora e terá que seguir algumas regras. - coloca as mãos entrelaçadas sobre o joelho.

Regras? Essa casa por acaso é uma prisão? - não fico contente ao saber disso e fecho a cara.

- Você não parece muito contente com isso. - inclina levemente a cabeça, e eu solto um riso debochando.

- E por que ficaria? Acabei de saber que tenho que seguir regras que um demônio criou. - dei de ombros e neguei com a cabeça.

Escuto seu suspiro alto e o vejo massagear a nuca.

- Você parece gostar de ressaltar que sou um demônio.

- E você não é? - falo e o vejo ficar quieto.

1 a 1, está empatado!

Escuto ele estralar a língua.

- Primeiro, deverá sempre dormir comigo. Segundo, devemos ter contato físico durante o dia, beijos inclusive. - ele começa a citar as regras, sem sequer perguntar minha opinião.

- E por que tenho que aceitar isso? - cruzei as pernas e o encarei. - Pensei que não ia me forçar a nada.

- Não te farei nada contra sua vontade, porém deve seguir as regras. - disse sério, com seu olhar cheio de frieza.

Ainda não entendo o que ele quer comigo, fala que não vai fazer nada, mais ao mesmo tempo me fala para termos contato físico, inclusive beijos? Como alguém consegue ir contra as próprias palavras tão rapidamente?

- Terceiro, não se aproxime de outros homens. Essa é absoluta. - franziu o cenho.

- O quê foi? Tem ciúmes? - digo debochando.

- Não tenho ciúmes do que é meu. - continuou sério, me observando. - Mas, não gosto de intrusos no meu território.

O território no caso é eu? Aí como eu quero jogar outra pantufa nele. - rolo meus olhos.

- Tanto faz. É só isso? Ou quer fazer um livro? - falei brincando, porém seu semblante dizia que isso não era uma má ideia. - Nem pense, eu estava brincando.

Ele da de ombros e olha para o lado, parcialmente insatisfeito.

Ele realmente estava pensando em fazer um livro com regras?! - levantei a sombrancelha.

Nas mãos de EblisOnde histórias criam vida. Descubra agora