Capítulo 25| Lembranças

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Lolite Ophelia

《》

Sempre temos pessoas que desejamos não ver outra vez ou até mesmo queremos que morram. Pessoas que te deixam com raiva, tontura e as vezes medo. Eu tenho cinco e uma dessas pessoas está agora em minha frente, com um sorriso claramente falso, olhos cheios de ganância e roupas elegantes.

- O quê você faz aqui? - perguntei, demonstrando com minha cara de desgosto que não estava nada feliz de vê-lo.

Escuto uma gargalhada e franzi o cenho, me sentindo enjoada. Só a presença dele já me incomoda e me dá mal estar.

- E tem que haver uma razão para um pai visitar sua filha? - seu tom era arrogante.

- Ah, sim. - mordo o interior da minha bochecha. - Agora sou sua filha? - fechei meu punho com força, cravando minhas unhas na palma da mão.

Ele não respondeu nada, apenas me olhou de cima a baixo, ainda com seu sorriso no rosto, que me dava angústia.

- Não me faça perder tempo e venha comigo de uma vez. - segurou meu braço bruscamente,  me puxando para fora de casa.

Balancei meu braço com força, me soltando do seu agarre e indo para trás.

- Não me toque! - gritei, abraçando meu próprio corpo, enquanto o encarava.

Ele suspirou forte e balançou a cabeça em negação, fazendo um sinal para que o homem todo de preto fosse até mim.

Merda!

- Parece que terei que te lembrar a ser obediente outra vez, Lolite.

Antes que o homem pudesse chegar perto de mim, me virei rapidamente, correndo em direção a porta traseira. Mas ao abrir ele outros dois caras me seguram.

- Me soltem! - gritei, me debatendo.

Tentei acerta-los, mas com minha força não era capaz de derrubar nenhum deles, imagina dois.

Quando colocam um pano, que tampou meu nariz e boca, tranquei minha respiração, ainda tentando me soltar.

Merda! Merda! - sinto uma lágrima se formar em meu olho e cair pelo meu rosto lentamente. - Eblis...

Minha consciência foi se apagando, até que eu desmaiar completamente.

《》

Uma forte dor de cabeça me domina quando minha consciência volta. Sinto alguns pequenos tapas no meu rosto. Abro meus olhos com dificuldade, ainda com a visão turva, percebo que estava deitada no chão frio, com meus braços e pernas amarradas. Em pé na minha frente havia três pessoas, um homem e duas mulheres.

Com a ajuda de m dois homens de terno, fico de joelhos.

- Que merda é essa? - perguntei, com a voz meio estranha.

O homem de cabelos pretos com fios grisalhos se abaixou e mostrou um papel.

- Parabéns, querida. - abriu um sorriso. - Achei um bom marido para você.

Escuto uma gargalhada vindo da mulher mais jovem, enquanto a mais velha tentava esconder seu sorriso debochado com a mão.

- Do quê você tá falando? - fecho um olho, sentindo a dor de cabeça aumentar.

- Você vai se casar. - se levantou. - Não está feliz? - foi até o sofá com estampa branca e se sentou.

Mordi meu lábio, o encarando.

Nas mãos de EblisOnde histórias criam vida. Descubra agora