§ Eblis §
Ω
Depois da nossa conversa, Lilith ficou muito estranha e derrepente os seus machucados curam em um piscar de olhos. Tem algo muito interessante acontecendo. Mas não é só isso, sinto que ela está me escondendo muitas coisas, como a insistência de esconder seu corpo.
Sai do cômodo junto com o doutor, deixando ela junto com Lúcia. Me encosto na parede e cruzo os braços.
- O quê você acha sobre o que acabamos de ver? - disse tirando uma carteira de cigarro do bolso. - Essa reação de cura rápida não é comum para ser do vínculo de vocês dois. - pegou um cigarro e colocou na boca, acendendo a ponta do cigarro com um estralar de dedos.
Suspiro e o olho.
- É o seu trabalho descobrir isso. Você não é o doutor? - escuto um pequeno riso vindo do homem a minha frente.
Franzi meu cenho pelas suas ações diferentes, como se ele não fosse mais aquele doutor medroso. Ele coloca os cabelos para trás e uma fumaça cinza gira em seu entorno, fazendo ele revelar sua verdadeira indentidade, agora descoberta.
Cabelos ruivo que iam até o final do seu pescoço, seus olhos eram castanhos avermelhados, e um sorriso ladino em seus lábios. Pele clara e quase da minha altura, agora ele aparentava ser mais jovem.
Respirei fundo quando vi a cruz vira em sua testa, agora sei bem que é.
- András. - o vejo sorrir. - O quê você está fazendo aqui, sua coruja ladina?
- Vejo que pelo menos lembra do meu nome, Eblis. - da de ombros.
- Responda a pergunta. - o encarei.
András o marquês do inferno, uma coruja que é mais ladina que a própria raposa. Ele sumiu a duzentos anos atrás, com a desculpa de que ia atrás de mais conhecimento, mas ele apenas queria férias dos seus deveres no inferno.
- Só escutei que algo interessante estava acontecendo em sua volta e vim ver o que era. - assopra a fumaça, fazendo pequenos circulos. - E quem diria que eu veria você com uma Lilith.
- Quando você voltou? - balancei a mão, dissipando os círculos de fumaça.
- Essa pergunta está errada. - da um trago no cigarro e solta a fumaça pelas narinas. - A pergunta certa é, quando eu me fui? - sorrio.
Essa coruja filha da puta enganou todo mundo a duzentos anos atrás?!
Me endireitei e me aproximei dele, agarrando seu pescoço, sem colocar força ou fazer pressão.
- Está me dizendo que seu sumiço a duzentos anos atrás foi uma farsa? - ele da mais uma tragada no cigarro, sem me responder. - Você mentiu para o dono do trono? - aperto um pouco seu pescoço e ele solta a fumaça pelas narinas, outra vez.
- Não me dê sermão, eu sei muito bem as regras de Helvíti. - rola os olhos.
- E mesmo assim as quebra. - uso mais força e ele deixa o cigarro cair no chão. - Você é uma coruja imunda, não um gato com sete vidas. Então comece a se explicar, András.
Continuo colocando força em meu aperto, e o via grunhir pela dor. Ele toca em meu braço e me olha, pedindo arrego. Largo seu pescoço e o empurro para trás, o vendo tossir.
- Porra. Você realmente não muda, Eblis. - massageia o pescoço. - Usa força bruta para tudo.
- E vou usar mais uma vez se não me responder logo. - Ele então balança a cabeça em negação. - Eu tive muito trabalho depois que você se foi, com a desculpa de ganhar mais conhecimento.
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Nas mãos de Eblis
RomanceNa noite que Lolite Ophelia completa 20 anos recebe uma caixa que foi mandada em nome de sua falecida mãe, quando ela abre encontra uma carta junto com um velho diário e ao ler a frase na última folha, sem perceber, acaba firmando um contrato com um...