Capítulo 11|Lilith's

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§ Lolite Ophelia §

Ω

Não tive nenhum sonho ou sequer pensamento negativo, desde que fechei meus olhos. Eu sentia como se estivesse em uma tranquila e refrescante floresta, descansando sem nenhuma preocupação.

Me mexo um pouco e sinto algo pesado em volta da minha cintura, me remexo tentando tirar isso, mas sem sucesso. Franzi meu cenho e abri meus olhos lentamente, piscando algumas vezes, tentando acordar, movimento minhas mãos acariciando algo que não sabia o que era. Derrepente escuto um riso baixo e me desperto rapidamente, dando de cara com o peitoral nu de Eblis, bem próximo ao meu rosto, arregalo meus olhos e recuo minhas mãos.

- Bom dia, Lilith. - da uma piscadela, ainda rindo. - Se quiser aproveitar um pouco mais eu deixo. - da um maravilhoso sorriso de lado.

Fico envergonhada e escondo meu rosto com minhas mãos.

- Por favor me solte. - peço timidamente, tentando não olhar em seu rosto.

- Que crueldade falar isso depois de me usar de travesseiro e me tocar enquanto dormia. - diz num tom brincalhão.

Alguém me enterra, por favor!

- Cadê seu senso comum, Lilith? - debochou, usando minhas palavras anteriores.

- Fiz isso inconscientemente, eu estava dormindo! - gritei, tentando me defender.

- Seus olhos estavam abertos, querida. - sorri sarcástico.

Esse demônio não perdoa uma!

Bufo, vendo que não adianta ficar discutindo com esse tinhoso. Ele ri novamente e solta minha cintura, se sentando na cama, massageando a nuca. Paro para reparar e vejo ambos braços cheios de tatuagens e uma única tatuagem em seu peitoral, enquanto suas costas estavam sem nenhuma. Fiquei vidrada na do peitoral, observando. Era um pentagrama composto com um círculo como se fosse um sol e seis asas, três em cada lado. Não sei o significado, porém me chamava a atenção.

- O quê você tanto vê? - pergunta e me disperso dos meus pensamentos.

Aponto para seu peito e ele olha a tatuagem em seu peitoral.

- Isso? - arqueia a sombrancelha. - Por acaso isso é interessante?

Dou de ombros.

- Só me chamou a atenção. Ela é a única em seu peitoral, enquanto seus braços estão cobertos. - logo aponto para suas costas. - E por que aí não tem nenhuma, tem algum motivo específico?

Ele não me responde nada, apenas fica me observando e logo suspira.

- Você está bastante curiosa sobre mim. - coloca o cabelo para trás. - Porém, lembra que a curiosidade matou o gato?

- E lembra de eu ter dito que não sou um? - retruco, dando de ombros.

- Você não tem jeito, garota. - ele franziu a testa, me encarando.

Sem mais nem menos, ele sai da cama e recolhe a camisa que estava no chão, a vestido sem abotoar nenhum botão. Ignorando minha pergunta anterior.

Nas mãos de EblisOnde histórias criam vida. Descubra agora