Capítulo 29| Drix

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Lolite Ophelia

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Passo pelas portas da faculdade, Belos Sonhos, pela última vez, sentindo uma pequena rajada de vento no meu rosto. A partir de hoje qualquer sonho ''insignificante'' ou estimulado por minha mãe, não existe mais. Minha meta agora é a vingança contra aqueles que riram me olhando de cima. Olho minha palma da mão aberta e fecho com força.

- Enfim, podemos voltar? - disse o ruivo, bocejando. Mesmo depois de ter dormido as últimas duas horas e meia na cadeira, enquanto eu terminava minha transferência, ele parecia querer fechar os olhos e não abrir pelas próximas dez horas.

- Pensei que demónios não dormiam. - levantei ambas sobrancelhas, com um sorriso irônico.

Ele rola os olhos e desce os degraus.

- Não precisamos. Mas, entre coisas tediosas e contar ovelhas. Prefiro as ovelhas. - deu de ombros.

- Entendi. - ri baixinho.

Quando fui descer as escadas senti uma tontura repentina e minha visão ficou meio embaçada. Ao tentar pisar no degrau de baixo, piso em falso e tenho a sensação de que estou para cair, porém, sou puxada pelo braço e rapidamente estou com meus pés no chão, em frente a escada. Escuto um sususpiro do ruivo, que soltou meu braço em seguida.

- Já consigo escutar aquele maldito relógio dele apitando. - resmungou, coçando a nuca. - Tenha mais cuidado. - me encarou. - Se você voltar com um fio de cabelo a menos eu morro, sabia?

Coloco minha mão na cabeça, ignorando o quê o outro estava falando. Sentia pontadas do lado direito da cabeça, mal estava enxergando e presentia que minhas pernas cederiam a qualquer momento.

O quê acontecendo?! - me sinto confusa.

Um golpe de calor me atinge repentinamente e indago, sentindo minha garganta seca. Meu corpo estava tão quente quanto a vez em que as correntes de Eblis passaram pelo meu corpo, porém dessa vez eu não sabia o motivo. A cada segundo que passava eu parecia desejar algo mais e mais. Coloco minha mão no peito e seguro minha camiseta com força, amassando o tecido.

- Lolite!

O grito fez eu arregala os olhos e olhar para frente, onde vi o ruivo com um semblante confuso.

- Você está bem? - segurou meus ombros. - Por que ela tá tão quente? - murmurou.

Eu abro a boca para tentar responde-lo, porém sou incapaz de soltar qualquer som e minha respiração começa a ficar ofegante. Minhas pernas tremem e enfim desabo no chão, sou segurada pelo outro. Sua voz fica muda e eu não escuto mais nada a minha volta, por fim, minha vista fica escura e sinto minha consciência esvaindo.

Eblis... - é a última coisa em que penso, logo desmaiando.

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Eblis

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Após escutar tudo o que Lolite passou nesses últimos anos sinto ainda mais vontade de reviver Cristina e mata-la novamente. Se era para deixar sua filha sofrer desse jeito por que não a entregou para mim?! - era o que eu pensava a todo momento, enquanto a xingava.

Mas, outro problema havia aparecido: Como Cristina morreu?

Não. Ao menos ela realmente morreu? - apertei meus punhos. Algo em que aquela mulher era boa era nisso, dar dor de cabeça aos outros.

Nas mãos de EblisOnde histórias criam vida. Descubra agora