》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
Eu estava verdadeiramente necessitada de uma presença feminina.
Wendy é super divertida. Depois de aproveitarmos a piscina do hotel e almoçar um bom peixe com fritas, eu e ela decidimos nos arrumarmos juntas para o show dos garotos. E enquanto nos aprontavamos, começamos a contar coisas uma para outra. Fiz uns drinks para a gente com o whisky e as frutas do meu quarto e tomávamos alguns de vez em quando.
O quarto do hotel é espaçoso e aconchegante. Pedi por um com cama de casal só para mim, que tinha um janelão com a vista mais linda de Chicago e um frigobar para meus vinhos. É tudo que eu precisarei pelos próximos dias.
Agora eu estou ajeitando o delineado de Wendy que havia ficado torto, ajudando-a com sua maquiagem, já que a minha já está pronta. Passo um corretivo pelo erro da canetinha delineadora e solto um assobio.
— Pronto. — anuncio, largando a esponja de maquiagem na cama e pegando outro shot. O líquido desce queimando pela minha garganta.
Wendy sorri e agradece para mim. Ela está linda naquele vestido vermelho. A garota é mais magra que o comum, mas tem uma cintura e um busto de matar, o que faz com que a peça apertada na cintura e decotada nos seios valorize-a.
— Garota, você faz milagre! — ela me elogia quando vê o resultado do delineado através do espelho — muito obrigada, sério!
— Que nada, fofa — faço um sinal de besteira enquanto sento na cama e observo meu reflexo no espelho.
Eu me superei, como sempre. Uma blusa cinza cintilante com um decote absurdo que ia além do vão dos meus peitos e sem mangas, juntamente com uma jeans cintura baixa preta e all stars brancos de cano longo. Da última vez que fui no show dos garotos quase morri com as botas de salto, então optei por um calçado mais confortável dessa vez.
Já é de tarde, quase de noite e graças a Deus o show dos meninos vai ser mais cedo aqui em Chicago. Voltaremos antes das dez da noite. Aviso aos meus pais que vamos sair e mando uma foto da minha roupa para eles no grupo da família enquanto Wendy escolhe seus acessórios. Rio das mensagens trocadas com meus pais e me despeço deles com um emoji.
— Mas, e aí. — a loira exclama sugestivamente, me tirando a atenção do celular e focando nela. — Falei pra caralho de Georg e eu. Me fala agora de você e do Tom.
Por alguns segundos, eu fico sem reação. Mas então, eu rio com vontade. Rio de desespero. As lágrimas escorrem pelo meu rosto com avidez enquanto eu tento contê-las assim como tento parar de gargalhar. Wendy me encara com um semblante duvidoso.
— Eu e o Kaulitz? Por favor, não temos nada. — Tento escapar da situação, mas a loira franze as sobrancelhas em acusação.
