STARBOY || Tom Kaulitz

》20《

— BRIGA DE GALO, ANGELINA! — Aaron exclama e eu subo em suas costas, apoiando minhas pernas em volta do pescoço do moreno e me preparando para a brincadeira.

Bill sobe em cima de Tom e eu rio, me preparando para a briga. Bill tenta me puxar para seu lado mas eu puxo de volta, beliscando seu antebraço e fazendo o garoto urrar de dor. Pisoteio o peitoral de Aaron e ordeno silenciosamente para que ele faça algo quando o vocalista aplica uma força boa em meu ombro. Tento segurar a dor o suficiente para Aaron jogar água no rosto de Tom.

Assisto de câmera lenta o guitarrista se desequilibrar na piscina em tempo para eu empurrar o seu irmão, e os dois caem como bosta na água. Gargalho juntamente com Aaron, fazendo um high-five com o mesmo. Os Kaulitz se levantam do afogamento e o mais novo começa tossir à procura de oxigênio. Saio de cima de Aaron para que meu amigo possa ajudar Bill.

— NÃO VALEU! — Tom reclama, apontando um dedo para mim e Aaron. Cruzo os braços, sorrindo. — VOCÊS ROUBARAM!

— Não roubamos porra nenhuma, Kaulitz. Para de ser um péssimo perdedor — eu debocho, rindo.

Vamos dar a entrevista mais tarde, e eu estou apenas escondendo meu nevorsismo. Meu suor deve estar se misturando com a água da piscina e uma dor de cabeça insuportável atinge meus sentidos. Mas tento ignorar tudo aquilo, porque se eu chegar na entrevista com cara de merda, é provável que me detestem ainda mais.

Mas por enquanto, eu decido apenas curtir o hotel com os meninos. Wendy e Georg estão na mesinha bebendo drinks enquanto pedem nosso almoço. Gustav fez amizade com uma criança e agora os dois estão jogando vôlei do outro lado da piscina. Eu sorrio na direção deles, acenando para o garoto que deu um tchau para mim.

Mãos molhadas envolvem minha cintura e eu rio, antes de perceber o intuito delas. Me provocar? Não. Me afogar. O Kaulitz me empurra água abaixo e eu tento prender a respiração, mas ela acaba escapando e a sensação é de engolir dois litros daquela água nojenta de uma vez. Ouço a risada do guitarrista mesmo embaixo d'água e estapeio seu braço. A pancada dói ainda mais graças a água corrente.

Levanto da piscina e respiro fundo, recuperando o ar perdido. Tom esfrega o local que eu machuquei, mas continua sorrindo. Reviro os olhos, dando outro tapa em seu ombro.

— Otário — cuspo. Ele abre um sorriso chegando mais perto de mim e quase colando nossos corpos. Ergo a cabeça para conseguir encara-lo...e para afastar nossa proximidade.

— Você ama.

Bufo uma risada, pegando um punhado da água da piscina e jogando na cara dele. Rio da sua cara molhada e nado para longe do garoto, fugindo dele. Tom nada atrás de mim e agarra meu pé, fazendo cócegas em meu calcanhar. Rio como uma louca, mandando incansávelmente o Kaulitz parar com isso. Ele apenas ri de mim, continuando com as cócegas.

— Crianças! O almoço está na mesa! — Wendy brinca, nos chamando pela beirada da piscina. Eu dou a língua para Tom e nado rapidamente até a escadaria da piscina, subindo com avidez e deixando o mais velho para trás. Sorrio para ele, que revira os olhos.

Pego minha toalha estendida em uma das cadeiras e me cubro com ela, calçando minhas sandálias e sentando na cadeira de plástico. Graças a Deus eles pediram comida gostosa. Uma salada bem temperada e gordurosa com frango frito está posta à mesa, juntamente com batatas fritas, refrigerante e mariscos cozidos.

— O garçom ainda vai vir com duas porções de camarão empanado — Georg avisa, pegando os pratos de plástico e começando a montar nossos almoços. Rio da cara do moreno, pegando um prato e o ajudando.

— É um papai de família mesmo — debocho, batendo meu quadril com o dele. Georg revira os olhos, mas sorri, achando graça.

O garçom chega logo em seguida com as porções de camarão e eu sirvo em um dos pratos, acrescentando um pouco da salada e dois mariscos. Quando faço menção de pegar talheres para mim, Tom agarra o prato da minha mão e saí correndo até o outro lado da mesa. Eu reviro os olhos, entregando uma faca para o mesmo e espetando sua mão com o garfo antes de lhe entregar. Ele ri da marca dos dentes do talher nas costas de sua palma.